“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16891

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Cleuberton Kenedy Oliveira Raimundo
Orientador BRUNO DAVID HENRIQUES
Outros membros Bárbara Silva Cabral, Jordania Alves Ferreira, Laira Lopes Tonon, MARINA SILVA DE LUCCA
Título Efeitos colaterais do uso de Metilfenidato em crianças com TDAH
Resumo INTRODUÇÃO: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), principal transtorno do neurodesenvolvimento na infância, está associado a prejuízos das funções cognitivas, comportamentais, sociais e acadêmicas, podendo ocorrer desfechos negativos na adolescência e na fase adulta, caso o tratamento adequado não seja instituído precocemente. O Metilfenidato (MFD), um estimulante do sistema nervoso central, é o fármaco de escolha para o tratamento medicamentoso do TDAH. OBJETIVO: Descrever a prevalência dos principais efeitos colaterais causados pelo uso do MFD nas crianças participantes da pesquisa intitulada “Níveis de BDNF e perfil oxidativo/inflamatório de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) antes e após tratamento com Metilfenidato”. METODOLOGIA: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética número 4.364.744. Para a obtenção dos dados de interesse, elaborou-se uma folha de acompanhamento clínico, a fim de registrar, além de outras informações, os principais efeitos colaterais apresentados por crianças com TDAH, após 4 e 8 semanas de uso da medicação. A folha de registro inclui uma resposta dicotômica (sim ou não) para cada efeito colateral geralmente associado ao uso do MFD, sendo eles: redução do apetite, náusea, cefaleia, insônia, nasofaringite, tonteira, dor abdominal, irritabilidade, sonolência, taquicardia, aumento de pressão arterial, aumento de frequência cardíaca, perda de peso, TICs, sintomas psicóticos, alergia ou outros não especificados. RESULTADOS: Do total de 82 crianças com TDAH avaliadas até o momento, 49,1% disseram ter apresentado, pelo menos, um efeito colateral nas primeiras 4 semanas após o início do tratamento com MFD, enquanto que 41,5% afirmaram algum sintoma entre 4 e 8 semanas de medicação. Em relação aos responsáveis dessas crianças, 58,5% destacaram a presença de efeitos colaterais nas primeiras 4 semanas e 50% entre 4 e 8 semanas de medicação, sendo que no primeiro mês, houve uma prevalência de 64,7% de redução de apetite, 32,4% de cefaleia, 23,5% de irritabilidade e 17,6% de náusea e de insônia, enquanto que os demais sintomas apresentaram baixos índices de frequência. Já no segundo mês, ao se observar os efeitos mais prevalentes, houve um índice de 50% de redução de apetite, 12,5% de cefaleia e de náusea e 16,7% de irritabilidade e de insônia. CONCLUSÕES: Os dados mostram que há uma prevalência significativa de alguns efeitos colaterais leves do MFD nos primeiros meses de uso, de forma que os principais sintomas incluem redução de apetite, cefaleia, náusea, insônia e irritabilidade. Contudo, ao analisar o seguimento do tratamento, percebe-se que há uma tendência de queda desses efeitos ao longo dos meses. Portanto, levando-se em consideração os benefícios advindos do tratamento do TDAH, os efeitos colaterais da medicação, desde que tolerados, não podem ser impeditivos para o devido cuidado de crianças em idade escolar, adolescentes ou adultos com esse transtorno.
Palavras-chave TDAH, Metilfenidato, efeitos colaterais
Forma de apresentação..... Painel
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