Resumo |
A gonadotrofina coriônica equina (equine chorionic gonadotropin - eCG), originalmente denominada pregnant mare sérum gonadotropin (PMSG), é um hormônio proteico produzido nos cálices endometriais da placenta de éguas gestantes entre 35 e 120 dias de gestação. Fisiologicamente, essa gonadotrofina apresenta a função de luteinizar folículos ovarianos em crescimento para a formação de corpos lúteos acessórios, na intenção de incrementar as concentrações de progesterona circulante. Entretanto, quando aplicado em ruminantes, a eCG apresenta atividade tanto como hormônio folículo estimulante (FSH) quanto como hormônio luteinizante (LH), o que torna essa molécula amplamente utilizada em protocolos de protocolos de superovulação (SOV), transferência de embriões (TE) e inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a variação no peso de ovários de ratas Wistar, tratadas com diferentes concentrações de eCG. Para tanto, foram utilizadas 40 ratas Wistar, com 24 dias de idade, que foram divididas em 4 grupos experimentais (10 animais/grupo): (T1) 6 aplicações de 0,2 mL da solução a 11,57 UI/mL; (T2) 6 aplicações de 0,2 mL da solução a 17,34 UI/mL; (T3) 6 aplicações de 0,2 mL da solução a 26 UI/mL; (C) 6 aplicações de 0,2 mL de solução salina com 1 mg/mL de BSA. As aplicações ocorreram no T0h, T18h, T21h, T24h, T42h e T48h por via subcutânea. As ratas foram eutanasiadas 72 horas após a última aplicação (D5) e os ovários removidos e devidamente limpos para pesagem em balança de precisão. As médias foram submetidas à ANOVA e comparadas por teste de Tukey (p = 0,05). Os pesos dos ovários diferiram entre todos os grupos (p<0,05), com exceção do grupo A e B, que foram semelhantes, conforme segue: (T1) 0,095 0,012a; (T2) 0,129 0,018a; (T3) 0,251 0,061b; (C) 0,038 0,002c. O coeficiente de variação de todos os grupos foi menor que 25%. A avaliação do peso de ovários é sugerida pela Farmacopeia Europeia para determinação de potência biológica de produtos cuja finalidade seja a de estimulação dessas gônadas, uma vez que seu peso reflete a quantidade de estruturas funcionais (folículos e corpos lúteos) presentes no tecido. Dessa forma, frente aos resultados obtidos, foi possível observar o efeito da eCG sobre a funcionalidade ovariana das ratas, uma vez que: 1. o grupo controle (C) apresentou as menores médias em relação aos grupos tratados e; 2. a maior concentração empregada nos tratamentos das ratas apresentou maior efeito sobre a funcionalidade ovariana, refletida pelo maior peso. |