Resumo |
As plantas do gênero Psidium (Myrtaceae) apresentam dentre seus principais usos, atividades biológicas referentes aos seus compostos ativos. Destaca-se principalmente o óleo essencial presente nas folhas. O óleo essencial extraído das folhas da espécie Psidium guajava foram obtidos e caracterizados. A fim de ampliar as aplicações do óleo essencial, que é de fácil degradação e insolúvel em água por fatores externos, foram empregados métodos de proteção para formar complexos de inclusão. O oligossacarídeo utilizado para complexar o óleo essencial foi a 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina (HPβCD), que é derivada do amido. Os métodos físicos utilizados foram maceração e liofilização, sendo que o mais eficiente para formar complexos de inclusão com o óleo essencial da cultivar Século XXI da espécie Psidium guajava foi a maceração. A complexação foi comprovada através das técnicas analíticas: Espectroscopia na região do ultravioleta e visível, Espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier, Análise termogravimétrica, Espalhamento dinâmico de luz, Difração de raios X e Microscopia eletrônica de transmissão. Ademais, os complexos de inclusão formados foram submetidos a testes larvicidas em A. aegypti. Os complexos de inclusão obtidos possuem tamanho nanométrico com diâmetro de aproximadamente 80 e 40 nm, para maceração e liofilização, respectivamente, alta estabilidade térmica e tendência de aglomeração em solução aquosa. A eficiência de complexação foi de 80,3% e 50,8% para maceração e liofilização, respectivamente. A atividade larvicida em A. aegypti do óleo essencial em dimetilsulfóxido foi de 51,49 e 64,51 µg mL-1 para concentração letal média necessária para matar 50% e 90% da população, respectivamente. Para o complexo de inclusão obtido por maceração, a toxicidade foi de 77,54 e 107,29 µg mL-1 para concentração letal média necessária para matar 50% e 90% da população, respectivamente. O complexo de inclusão obtido pelo método de liofilização apresentou toxicidade com concentrações acima de 600 µg mL-1, sendo as larvas totalmente mortas com 1000 µg mL-1. Dessa forma, o método de liofilização não foi tão eficiente quanto o método de maceração para formação de complexos de inclusão e atividade larvicida. Assim, os complexos de inclusão obtidos por maceração, possibilitam o uso de óleos essenciais em criadouros de A. aegypti, sendo, portanto, potenciais produtos a serem explorados comercialmente. |