Resumo |
As bactérias patogênicas do gênero Leptospira, são responsáveis por causar a leptospirose, zoonose emergente, endêmica e de incidência global. Apesar dessas bactérias serem mantidas no ambiente através de animais roedores, diferentes espécies de animais domésticos e silvestres também podem servir como vetores para a doença. As infecções podem afetar os humanos a partir do contato com a urina dos animais portadores de leptospiras patogênicas, principalmente em regiões onde enchentes são regulares e/ou o saneamento básico é precário. No Brasil, os dados da doença merecem certa atenção pois no período de 2010 a 2015 foram confirmados 24.671 casos, sendo 2.078 óbitos. No entanto, devido à dificuldade e morosidade do diagnóstico, estes números podem apresentar subnotificações acentuadas. Apesar de ser uma das ferramentas mais importante e eficaz para o controle das doenças infecciosas, ainda não foi possível desenvolver uma vacina segura contra leptospirose. Isso deve-se à capacidade das Leptospiras patogênicas desenvolverem habilidades para evitar os mecanismos defensores do organismo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é expressar um antígeno recombinante em Escherichia coli que seja capaz de induzir uma resposta imune protetora contra a leptospirose animal. A transformação com o plasmídeo de interesse foi realizada com a técnica de choque térmico em E. coli, seguido de plaqueamento das células transformadas com a construção plasmidial em placa de Petri contendo meio LB ágar e antibiotico. O procedimento de indução foi realizado para observar se a cepa de E. coli utilizada foi capaz de produzir a proteína de interesse. A proteína foi recuperada por lise celular utilizando sonicação em gelo, para evitar aquecimento da amostra e possível precipitação. Após a centrifugação, foi observado a formação de um extenso pellet e, para confirmar a presença da quimera neste extrato e verificar a eficiência do processo de produção, foi realizado a Eletroforese em Gel SDS-PAGE. Por fim, utilizando a técnica de FPLC (do inglês Fast Protein Liquid Chromatography), a proteína foi purificada ao passar por uma coluna de afinidade. Com isso, pode-se observar que foi possível produzir, expressar e purificar a proteína de interesse com sucesso. Esta proteína purificada será utilizada em testes in vivo para analisar seu potencial como antígeno contra leptospirose. |