“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16856

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Joao Pedro Cruz Colombari
Orientador LEIDJAIRA JUVANHOL LOPES
Outros membros ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO, CAROLINA ARAUJO DOS SANTOS, CRISTIANE JUNQUEIRA DE CARVALHO, Mateus Lima Martins
Título A presença de comorbidades está associada ao estado funcional pós-COVID? Um estudo com indivíduos hospitalizados pela COVID-19 em Viçosa - MG
Resumo Introdução: A COVID-19 pode se manifestar de forma variável, desde uma infecção assintomática até casos graves que necessitam de suporte hospitalar. A rápida distribuição mundial e o aumento vertiginoso dos casos culminaram na declaração de pandemia em março de 2020. Desde então, vários estudos vêm sendo conduzidos para avaliar o seu impacto na saúde populacional a longo prazo, principalmente buscando analisar fatores preditores da persistência de sintomas após a fase aguda da doença, conhecida como síndrome pós-COVID. Objetivos: Analisar a associação entre a presença de comorbidades e o estado funcional pós-COVID-19. Metodologia: estudo longitudinal, do tipo coorte, realizado com indivíduos adultos (≥18 anos) sobreviventes à hospitalização por COVID-19, em Viçosa- MG, entre abril e agosto de 2021. Foram excluídos aqueles com tempo de internação inferior a 24h, gestantes e indivíduos mentalmente incapazes ou com dificuldades auditivas. Os dados foram coletados mediante aplicação de um questionário multidimensional semiestruturado, por meio de ligações telefônicas previamente agendadas. Para a análise do estado funcional, utilizou-se a escala PCFS (Post-Covid-19 Functional Status Scale), ferramenta validada que permite categorizar o grau de limitação funcional para as atividades de vida diária (AVD) em “ausente, discreto ou leve” (graus 0 a 2) e “moderado a grave” (graus 3 e 4). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFV (Parecer nº 5.162.842). As análises estatísticas foram realizadas no SPSS, v. 21.0, adotando-se nível de significância de 5%, e as associações foram testadas pelo teste exato de Fisher. Resultados: Participaram do estudo 38 indivíduos, dos quais 73,7% (n=28) eram do sexo masculino, com idade entre 21 e 84 anos (47,8 ± 15,9 anos). A presença de alguma comorbidade foi relatada por 78,9% da amostra, sendo as mais frequentes o transtorno de humor ou de ansiedade (39,5%), hipertensão arterial (34,2%), hipercolesterolemia (31,6%), doença pulmonar (21,1%), diabetes (15,8%) e doença cardíaca (15,8%). A limitação funcional moderada a grave foi observada em 31,6% dos participantes, e foi significativamente mais frequente entre aqueles com alguma comorbidade (40,0% vs. 0,0%; p=0,033). Quanto às comorbidades específicas, associações positivas com a limitação funcional moderada a grave foram encontradas para hipertensão arterial (61,5% vs. 16,0%; p=0,009) e diabetes mellitus (83,3% vs. 21,9%; p=0,008). Conclusão: Os resultados deste estudo demonstram que a presença de comorbidades se associa ao acometimento do estado funcional no período pós-COVID, levando a limitações nas AVD, com destaque à hipertensão arterial e diabetes mellitus. Além disso, reforçam a importância da elaboração de estratégias de monitoramento e cuidado voltadas aos indivíduos com comorbidades acometidos pela COVID-19, uma vez que são mais suscetíveis à persistência de sintomas após a fase aguda da doença.
Palavras-chave COVID-19, Comorbidade, Estado Funcional
Forma de apresentação..... Vídeo
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