“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16819

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabella Ferreira Lauria
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Isabella Salgado Faustino, Laura Beatriz Assis Teixeira, Tiago Vital Urgal, Yuri Valadares de Jesus Acacio
Título Crescimento inicial e sobrevivência de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica em plantio de restauração e neutralização de carbono aos 6 meses
Resumo A restauração dos ecossistemas florestais como meio para mitigação das mudanças climáticas tem ganhado destaque no cenário mundial. Desta forma, se torna necessário o estudo do crescimento de espécies florestais nativas, para auxiliar na tomada de decisões e aumentar o sucesso dos plantios. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento inicial e sobrevivência de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica em plantio de recuperação e neutralização de carbono aos 6 meses. A área de estudo está localizada no Bosque Carbono Zero, no Espaço Aberto de Eventos da Universidade de Viçosa (UFV). Atividades de limpeza da braquiária (Urochola decumbens) e combate de formigas foram feitas antes do plantio, bem como calagem e adubações. Duzentas e quarenta covas foram abertas com espaçamento de 2x2 metros. Para o plantio, foram selecionadas cinco espécies florestais nativas da Mata Atlântica com 48 indivíduos cada, totalizando 240 mudas que foram doadas pelo viveiro do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Viçosa. Foram coletados a altura (H - cm) e diâmetro a altura do solo (DAS - mm), seis meses após o plantio para acompanhar o crescimento inicial das plantas. A taxa de sobrevivência observada foi de 99,18%, valor considerado alto por estar acima do padrão dos plantios de restauração florestal que é em torno de 60%. A sobrevivência elevada está relacionada à qualidade das operações de preparo e de plantio, bem como a escolha das mudas. As mudas apresentavam boa fitossanidade, altura e diâmetro médio de 35,78cm e 14mm respectivamente, estando em conformidade com os protocolos de qualidade de mudas de espécies florestais. A relação altura/diâmetro foi de 2,5, estando dentro do padrão adequado pela literatura que são valores inferiores a 10, expressando equilíbrio entre a altura e o diâmetro. As espécies Joannesia princeps Vell. (Cutieira) e Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb). Altschul (Angico-vermelho) se destacaram em relação ao incremento em altura (ICH) apresentando 40,99cm e 45,27cm respectivamente, estando acima da média das espécies que foi de 30,85cm. Estas espécies são pioneiras desenvolvendo sob radiação solar direta com rápido crescimento. Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns (Castanha-mineira), que também é pioneira, apresentou ICH de 18,18cm, abaixo da média, porém seu incremento em diâmetro (ICDAS) foi de 13,18mm acima do valor médio das espécies que foi de 8,56mm. Já as espécies Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. (Jacarandá-caviúna) e Caesalpinia pluviosa DC. (Sibipiruna) respectivamente, apresentaram médias de ICH e ICDAS abaixo da média geral, isto se dá ao fato de serem espécies secundárias e clímax, não suportarem tão bem o excesso de luz e, geralmente, participam dos estágios intermediários da sucessão. Assim, recomenda-se que o plantio das espécies Joannesia princeps e Anadenanthera colubrina var. cebil, visando maior crescimento inicial em plantios de restauração e neutralização de carbono.
Palavras-chave gases de efeito estufa, mudanças climáticas, recuperação de áreas degradas
Forma de apresentação..... Painel
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