“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16814

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia civil
Setor Departamento de Engenharia Civil
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Clara da Silva
Orientador KLAUS HENRIQUE DE PAULA RODRIGUES
Outros membros Ariane Martins Gravina, Bruna Martins de Melo, Carlos Henrique de Morais Filho, Júnia Ciríaco de Castro
Título Utilização de escória de aciaria elétrica primária como agente estabilizante de solos tropicais
Resumo O rápido crescimento populacional aliado a um aumento de atividades de construção civil, tem imposto o uso de solos de baixa capacidade de suporte como materiais de construção através de técnicas de estabilização. A estabilização química de solos tem sido realizada com os estabilizadores convencionais, como cal e cimento. No entanto, apesar dos benefícios, o cimento promove um aumento no aquecimento global devido a emissão de CO2 decorrente de sua produção. Assim, visando atender a demanda contemporânea de reduzir os impactos ambientais, a reutilização de resíduos industriais se apresenta como boa alternativa para a sustentabilidade. O objetivo principal desta pesquisa foi o de avaliar a possibilidade de reutilização da escória de aciaria elétrica primária (EAEP) na estabilização de duas amostras de solos tropicais, através da análise de propriedades mecânicas (resistência à compressão não confinada e índice ISC) e de expansibilidade (expansão ISC). Nesta pesquisa, foram utilizadas duas amostras de solos tropicais de jazidas de empréstimo localizadas no Município de Viçosa, Estado de Minas Gerais, Brasil. A fim de se avaliar as propriedades de engenharia das misturas solo-EAEP foram confeccionados corpos de prova variando-se a porcentagem da EAEP em sua composição, sendo utilizados os teores de 5%, 12,5% e 20% desse material em relação à massa seca da mistura. As amostras de solo e suas misturas foram submetidas à cura selada em câmara úmida por 7 dias e posteriormente submetidas aos ensaios de resistência à compressão não confinada (RCNC) e índice de suporte Califórnia (ISC). Com base nos ensaios mecânicos de RCNC foram observadas uma tendência de aumento de RCNC com a adição de EAEP, sendo mais pronunciado quando o teor de EAEP foi de 20%, para ambas as amostras de solos, S1 e S2. Para a amostra de solo S1 o aumento de RCNC foi de 29,23% para a mistura com 20% de EAEP quando comparada com a amostra no estado natural, alcançando um valor de 369,21 kPa, o qual é maior que o valor mínimo de RCNC exigido pelo Departamento de Estradas de Louisiana para que um material possa compor uma camada de reforço de subleito. Para a amostra de solo S2, com 5% de EAEP houve uma diminuição de 14,17% de RCNC, mas com teores maiores de EAEP, 12,5% e 20%, a RCNC voltou a aumentar chegando a 194,40 kPa para o teor de 20%, o que representa 46,50% de aumento em relação a amostra de solo na condição natural. Para ambas as amostras de solos analisadas, os valores de RCNC e índice ISC mostraram uma tendência de aumento com a adição de EAEP, enquanto que para a expansão ISC houve uma tendência de diminuição. As misturas com 20% de EAEP das amostras de solo S1 e S2 poderiam ser utilizadas para composição das camadas de sub-base e reforço de subleito, respectivamente, tornando a utilização da EAEP viável tecnicamente.
Palavras-chave Estabilização de solos, escória de aciaria elétrica primária, pavimentação.
Forma de apresentação..... Painel
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