“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16806

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Mateus Lima Martins
Orientador CRISTIANE JUNQUEIRA DE CARVALHO
Outros membros ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO, Joao Pedro Cruz Colombari, LEIDJAIRA JUVANHOL LOPES, Viviane Maria de Oliveira
Título A associação entre comorbidades clínicas e a fadiga no período pós-COVID-19
Resumo Introdução: estudos recentes revelam que indivíduos acometidos pela COVID-19 podem desenvolver a COVID longa ou síndrome pós-COVID, que se refere a sintomas persistentes e sequelas após a infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Entretanto, os fatores clínicos associados à persistência de sintomas no período pós-COVID ainda são pouco elucidados na literatura, sendo necessários mais estudos. Objetivo: analisar a associação entre a presença de comorbidades e de fadiga no período de 6 a 9 meses após a hospitalização pela COVID-19. Metodologia: estudo longitudinal, do tipo de coorte, realizado com indivíduos adultos (≥ 18 anos) que foram hospitalizados por COVID-19 em Viçosa-MG no período de abril a agosto de 2021. Foram excluídos aqueles com tempo de hospitalização inferior a 24h, gestantes e indivíduos mentalmente incapazes ou com dificuldades auditivas. Os dados foram coletados mediante a aplicação, por telefone, de um questionário multidimensional semiestruturado após 6 a 9 meses da internação. Foram analisadas as comorbidades diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia, doença respiratória e transtorno de ansiedade ou depressão. A presença de fadiga foi identificada por meio da Escala de Fadiga de Chalder. Os dados foram analisados no programa SPSS, versão 21.0, com nível de significância de 5%, e as associações foram testadas pelo teste exato de Fisher. Resultados: foram incluídos 38 indivíduos (28 homens/10 mulheres), com idade média de 47,8 anos (DP=15,9). Um total de 78,9% da amostra (n=30) relatou ter pelo menos uma comorbidade, sendo as mais frequentes o transtorno de ansiedade ou depressão (39,5%), a hipertensão arterial (34,2%) e a dislipidemia (31,6%), seguidas por doença respiratória (21,1%) e diabetes (15,8%). A presença de fadiga foi observada em 47,4% (n=18) dos participantes. Ter pelo menos uma comorbidade foi positivamente associado à fadiga no período pós-COVID (60,0% vs. 0,0%; p=0,003). Quanto às comorbidades específicas, associações positivas e estatisticamente significantes com a fadiga foram observadas para a presença de doença respiratória (87,5% vs. 36,7%; p=0,016) e transtorno de ansiedade ou depressão (80,0% vs. 26,1%; p=0,002). Conclusão: foi encontrada uma associação positiva entre a presença de comorbidades, com destaque para a doença pulmonar e para o transtorno de ansiedade ou depressão, e o relato de fadiga no período pós-COVID, que é um dos principais sintomas da COVID longa. Esses resultados reforçam a necessidade de uma atenção multidisciplinar integrada voltada ao monitoramento e cuidado de indivíduos hospitalizados por COVID-19.
Palavras-chave COVID longa, comorbidade, fadiga
Forma de apresentação..... Vídeo
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