“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16793

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Hamilton Leite Neto
Orientador Wânia dos Santos Neves
Outros membros Eduardo Teixeira Filho, Madelaine Venzon, Natália Firmiano Fabiano da Silva, Pedro Inocencio Silveira
Título Sobrevivência larval de Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) alimentadas com néctar extrafloral de Senna cernua
Resumo O controle biológico conservativo tem como princípio o manejo de determinado ambiente a fim de promover o desempenho e sobrevivência dos inimigos naturais, consequentemente causando efeito contrário na população de pragas. Tais práticas incluem o fornecimento de fontes alternativas de alimento, como néctar, pólen e também de áreas de refúgio e microclima favoráveis ao estabelecimento destes insetos em condições adversas. Chrysoperla externa é um voraz predador em sua fase larval e consome uma diversidade de insetos praga, como pulgões, psilídeos, ovos e lagartas de lepidópteros, dentre outros pequenos insetos de corpo mole. Em sua fase adulta, alimenta-se de derivados de plantas, como pólen e néctar e também honeydew. Entretanto, até predadores carnívoros podem fazer jus desses alimentos como forma de complementação de sua dieta. O objetivo desse trabalho foi avaliar se o néctar extrafloral de Senna cernua (Leguminosae - Caesalpinioideae), é capaz de aumentar a longevidade larval dessa espécie de crisopídeo. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação na EPAMIG - Sudeste, entre Dezembro de 2021 a Janeiro de 2022. Foram utilizadas plantas de mesma idade e de altura semelhante. Larvas de segundo instar de C. externa foram colocadas em pequenas gaiolas em presença e ausência do nectário extrafloral e sua sobrevivência foi observada diariamente. O grupo controle foi composto por 23 larvas aprisionadas na ausência de nectário extrafloral, porém na presença de folhas e galhos, na própria planta. Já o grupo que recebeu o tratamento (néctar), foi composto por 23 larvas aprisionadas na presença do nectário extrafloral, sendo que cada planta abrigou um indivíduo do grupo controle e outro do tratamento. Houve diferença significativa na sobrevivência larval média entre os grupos (p < 0,001), sendo 31.73 dias a média de sobrevivência dos indivíduos que alimentaram do néctar de S. cernua, enquanto que esse número decresce para 6.78 dias quando os mesmos foram privados de tal alimento. Do total de larvas alimentadas com néctar, 30.43% tornaram-se pupas, e desses, 13.04% atingiram a idade adulta. S. cernua se mostrou uma possível candidata a ser utilizada como planta companheira em consórcio com lavouras de café, pois larvas de C. externa se beneficiaram de seu néctar, aumentando em mais de quatro vezes sua longevidade, e as mesmas, são predadoras de pragas chave da cultura do cafeeiro. Futuros experimentos em campo são necessários para averiguar tal possibilidade.
Palavras-chave crisopídeo, controle biológico conservativo, nectário extrafloral.
Forma de apresentação..... Painel
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