“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16780

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Anne Maria Carneiro Zuin
Orientador LILIAN FERNANDES ARIAL AYRES
Outros membros Marina Bueno Fraga, Vitória Maria Luna Faria
Título Métodos contraceptivos baseados na percepção da fertilidade: perfil da utilização no Brasil
Resumo Introdução: Os métodos contraceptivos baseados na percepção da fertilidade (MBPF) são constituídos por vários métodos, com regras específicas, que contam com o monitoramento diário de vários sinais e sintomas de fertilidade durante o ciclo menstrual a fim de identificar o período fértil ou os dias do ciclo em que a relação sexual sem proteção pode resultar em uma gravidez. Conta ainda, com o tempo de sobrevida do ovócito e do espermatozóide. Atualmente, observa-se uma mudança no comportamento contraceptivo no Brasil e no crescimento do número de mulheres sexualmente ativas que buscam a contracepção através dos MBPF e livre de hormônios. Objetivos: Identificar as condições sociodemográficas de mulheres em idade fértil em uso dos MBPF como contraceptivo; Descrever os tipos de MBPF utilizados por mulheres em idade fértil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo e de caráter quantitativo. A população do estudo foi composta por mulheres em idade fértil que usam o MBPF para evitar uma gestação. A amostragem foi construída a partir da técnica da bola de neve. Os dados foram coletados utilizando um formulário criado no Google Forms e posteriormente analisados através da apresentação dos dados em tabelas de frequência absoluta e relativa. Resultados: Até o momento, das 181 participantes, 151 fazem uso do MBPF. Dessas, a maioria tem 25 a 34 anos (n=81), cor branca (n=112), cisgênero (n=142), heterossexuais (n=120), com companheiro (n=131) e moradoras da região sudeste (n=86). 58 mulheres declararam não ter religião, 40 possuem renda superior a 5 salários mínimos ou mais e 68 têm pós graduação completa. Quanto ao perfil de utilização dos MBPF, 118 mulheres utilizam associado a outro método (camisinha/barreira, coito interrompido, ACO de emergência), 96 usam o MBPF para perceber o ciclo, conhecer o corpo e prevenir a gravidez, 128 encontram-se satisfeitas com o MBPF e 99 consideram ter conhecimento suficiente sobre o método. Dentre os métodos de escolha, houve pequena diferença entre a quantidade de mulheres que utilizam o Método de Billings (n=44) e as que utilizam a tabelinha associada à observação do muco cervical (n=43). Conclusão: percebeu-se que as mulheres estão satisfeitas com o MBPF e a maioria faz o uso do método associado a outro a fim de garantir dupla proteção e maior segurança do método para evitar uma gestação. Destaca-se que a maior parte das mulheres deste estudo pertence a uma restrita parte da população com muitos anos de estudo, renda superior a 5 salários mínimos e da cor branca. Isso demonstra uma falha nos serviços de saúde na divulgação e na capacitação profissional sobre MBPF. Portanto, faz-se necessário difundir informações sobre os MBPF e melhorar o acesso a eles na rede de saúde para todas as mulheres. Ampliando assim, as possibilidades de contracepção e a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos.
Palavras-chave contracepção, percepção da fertilidade, saúde da mulher
Forma de apresentação..... Vídeo
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