“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16778

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Vanessa Rodrigues de Amorim Knupp
Orientador EDSON MARCIO MATTIELLO
Outros membros Patrícia Cardoso Matias
Título Uso de ácido sulfúrico biogênico na biossolubilização de ferro e silício de rejeitos de mineração
Resumo A mineração de ferro gera muitos passivos ambientais no Brasil devido aos seus impactos, sendo um deles o volume de rejeitos produzidos durante o processo de beneficiamento dos minérios. Por ainda possuírem teores de metais em sua composição, tem-se estudado formas de extrair elementos de interesse dos rejeitos com intuito de reduzir esse impacto ambiental, ou mesmo ter um destino seguro e com maior eficiência. A produção de condicionadores de solo a base de biocarvão de Fe é um dos exemplos de potenciais produtos. A solubilização parcial dos rejeitos pode potencializar seu uso na agricultura e a biossolubilização uma alternativa. Essa técnica consiste no uso de microrganismos capazes de promover a solubilização dos metais presentes no material, sendo a Acidithiobacillus thiooxidans um dos microrganismos de destaque. O objetivo do trabalho foi avaliar, em teste preliminar, a solubilização de ferro e silício de rejeitos de minério de ferro utilizando ácido sulfúrico biogênico produzido por A. thiooxidans. O ácido sulfúrico biogênico foi produzido em frascos Erlenmeyer contendo meio 9 K, inóculo bacteriano e enxofre elementar. Para o teste de biossolubilização foram utilizados os rejeitos Separação Magnética (SM) e Ultrafino (UF), nas frações 0,250 mm e in natura, respectivamente; e três solubilizantes: dois tipos de ácidos sulfúricos (comercial, com pureza analítica e biogênico, produzido por A. thiooxidans) na concentração de 1 mol/L, além da água. Utilizou-se duas proporções de solubilização rejeito:solubilizante, 1:5 e 1:10 (m/v). Amostras (3 g) dos rejeitos foram acondicionadas em tubos Falcon de 50 mL contendo 15 ou 30 mL de solubilizante conforme a proporção utilizada. Os tubos permaneceram sob agitação constante por 24 horas em agitador orbital. Posteriormente, filtrou-se a mistura e o extrato obtido teve seus teores de Fe e Si determinados por Espectroscopia de Emissão Ótica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-OES). Analisando os resultados obtidos em teste preliminar observou-se que os ácidos sulfúricos comercial e biogênico apresentam solubilização similar de Fe e Si. Maiores porcentagens de solubilização foram observadas para o ferro do que para o silício, mesmo os rejeitos possuindo maiores teores desse último metal. Com relação às proporções, em geral a 1:10 apresentou maiores porcentagens de solubilização do que a 1:5. Comparando os rejeitos, notou-se uma maior quantidade solubilizada (g/kg) de Fe e Si para o rejeito UF. Conclui-se que, em teste preliminar, a solubilização de Fe dos rejeitos, embora em valores percentuais baixos (3-4 % do Fe total), pode representar uma via importante para maior reatividade e uso dos rejeitos na agricultura, permitindo avaliações subsequentes dos rejeitos para produção, por exemplo, de condicionadores de solo a base de biocarvão de Fe. Por outro lado, a solubilização de Si dos rejeitos foi muito baixa nas condições avaliadas.
Palavras-chave Acidithiobacillus thiooxidans, Biossolubilização, Ácido Sulfúrico Biogênico
Forma de apresentação..... Painel
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