Resumo |
Com o avanço da humanidade, a construção civil teve que se adaptar à rápida expansão das cidades e às necessidades populacionais que ocorreram nos últimos séculos, o que gerou alta demanda de recursos não renováveis e, consequentemente, degradação ambiental, problemas sociais, econômicos, dentre outros impasses. O setor da construção civil consome até 75% dos recursos naturais extraídos no país, representando de 51% a 70% dos resíduos sólidos urbanos coletados. Por outro lado, estima-se que apenas 21% de todos os resíduos sólidos de construção e demolição são reciclados, sendo o destino o descarte irregular no meio ambiente ou em aterros inertes. De forma análoga, para a cidade de Viçosa, aponta-se que, desde a implantação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no final dos anos 1960, a cidade sofreu mudanças significativas, expandindo vertical e horizontalmente, devido às demandas provenientes da UFV. Assim, notou-se um grande volume de construções e reformas de grande e pequeno porte, demandando altas quantidades de matéria prima e gerando RCD de forma abundante até os dias atuais. Desse modo, evidencia-se a necessidade de estudar formas viáveis técnica e economicamente de diminuir os impactos gerados pelo desenvolvimento da cidade. Diversas pesquisas vêm sendo feitas com intuito de incorporar o RCD a matrizes cimentícias, diminuindo o volume destinado aos aterros e a alta demanda por extração de matéria prima, sendo a UFV essencial para o estudo de caso em Viçosa e região. Apesar disso, a prática ainda não é amplamente utilizada e até mesmo conhecida na cidade. Com base no discorrido, o presente trabalho surge com o intuito de popularização dos conhecimentos relacionados à utilização de RCD em matrizes cimentícias, apresentando os trabalhos desenvolvidos ou em desenvolvimento na UFV, além de apresentar uma revisão ampla da literatura em relação ao assunto. Assim, espera-se fomentar o conhecimento sobre o tema na comunidade acadêmica e profissional de Viçosa e região. |