“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16737

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Dias Campos de Andrade
Orientador PEDRO SEYFERTH RIBEIRO ROMANO
Outros membros Thiago Fiorillo Mariani
Título Morfometria e taxonomia das vértebras cervicais de Rhanacephala hogei, Hydromedusa maximilliani e Phrynops geoffroanus (Testudines, Pleurodira, Chelidae)
Resumo Neste estudo a morfologia das vértebras cervicais (VC2, VC3 e VC4) de três espécies da família Chelidae foram analisadas morfometricamente. A amostra consistiu em 17 espécimes (Rhanacephala hogei, n=6; Phrynops geoffroanus, n=7; Hydromedusa maximiliani, n=4) e o conjunto de 11 medidas foi aferido a partir de fotos. As duas primeiras espécies possuem morfótipo de pescoço curto e a terceira, pescoço longo. Nove das 11 medidas foram transformadas em seis proporções que sumarizam melhor a morfologia das vértebras e duas distâncias absolutas foram mantidas. Em seguida, uma análise de componentes principais (PCA) a partir da matriz de correlação foi conduzida para ordenação das variáveis e identificação dos caracteres mais relevantes. Uma ANOVA e o teste Kluskal-Wallis (KW) foram realizados para cada variável, seguido de análises post hoc de Tukey ou Dunn, respectivamente. As PCA’s das VC3 e VC4, não alcançaram uma estruturação clara. Na PCA da VC2, houve melhor estruturação dos morfoespaços, permitindo uma distinção mais clara das diferenças entre os grupos. Os espécimes de H. maximiliani retêm escores negativos do PC1 enquanto os indivíduos das outras espécies possuem escores positivos. Tal distinção foi atribuída às diferenças morfométricas entre espécies de pescoço longo e curto. Seis medidas foram identificadas como mais relevantes através da inspeção de seus autovetores em relação aos componentes principais e dos resultados dos testes paramétricos e não-paramétricos. A ANOVA/KW encontrou diferença significativa em quatro medidas (largura das pós-zigapófises; proporção da superfície articular anterior; proporção da superfície articular posterior [SAP]; e proporção da altura vs comprimento vértebra [AxC]), com H. maximilliani apresentando clara diferença com pelo menos uma das outras espécies para cada variável. Portanto, estas variáveis constituem bons descritores qualitativos das diferenças entre as VC2 das espécies analisadas. R. hogei tem a C2 mais alta (AxC) dentre as espécies analisadas, ao passo que H. maximilliani tem a mais baixa. H. maximiliani e P. geoffroanus apresentam diferenças claras apenas na proporção da SAP. H. maximilliani pode ser facilmente diferenciada das demais espécies, o que consiste com a premissa de representar um morfótipo de pescoço longo. Além disso, esta espécie possui preferência alimentar e mecânica de captura diferentes das outras espécies, possuindo VCs com espinhos neurais desenvolvidos e pós-zigapófises unidas e horizontais. Por outro lado, P. geoffroanus e R. hogei, por terem o morfótipo de pescoço curto, compartilham hábitos alimentares e mecânicas de captura de presas parecidas. Em conclusão, pudemos identificar quais características morfológicas são relevantes para diferenciar VCs de espécies de Chelidae sulamericanos com hábito/biomecânica distintos. Estes dados são úteis para nortear estudos sobre biomecânica e para fundamentar inferências sobre o hábito de vida de espécies extintas.
Palavras-chave Chelidae, Morfometria, Taxonomia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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