“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16736

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Sheila da Silva Nunes
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros BIANCA APARECIDA LIMA COSTA, Camila Olídia Teixeira Oliveira, Carina Aparecida Veridiano, Cleonilde Alves Cecilio Pereira, Julius Keniata Nokomo Alves Silva, Yuri de Castro Souza
Título Agrobioculturalidade em quintal quilombola: uma articulação de conhecimentos tradicionais e científicos sobre as plantas alimentícias e medicinais
Resumo A agrobioculturalidade é um termo que significa: Agro em relação ao campo e agroecossistemas. Infere-se aos cultivos e a produção de alimentos nos quintais. Bio representa a diversidade da fauna e flora, ou seja, a vida. Cultura representa as memórias ancestrais, os conhecimentos repassados entre as gerações. É uma palavra que interrelaciona elementos importantes tratando-se de quintais produtivos em comunidades quilombolas. Os quintais produtivos são espaços de diversos cultivos, facilitando o acesso, disponibilidade e consumo de alimentos para as famílias, proporcionando uma alimentação mais variada e são as plantas presentes nesses quintais que contribuem na alimentação dos envolvidos. Tratando-se de comunidades quilombolas, estas possuem forte vínculo com o território, sendo por meio desse, a possibilidade de reprodução social, cultural, econômico e alimentar. Esse trabalho de extensão teve como objetivo apresentar a descrição da aproximação de campo, com intuito de imergir na agrobioculturalidade de um quintal produtivo quilombola, suscitando a articulação dos conhecimentos tradicionais com o conhecimento científico, sobre as plantas medicinais e alimentícias, dos quintais, através de identificação botânica. Realizado numa comunidade quilombola, da Zona da Mata Mineira. A aproximação de campo ocorreu em abril de 2022, num período de 8 horas/dia (manhã e tarde). A equipe extensionista foi formada pelas integrantes da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) e pela mestranda em agroecologia. As metodologias utilizadas foram: roda de conversa com a cuidadora do quintal, caminhada pelo quintal, fotografias, identificação das espécies e instalação artística pedagógica. Até o momento foram identificadas 36 espécies vegetais, pertencentes a 15 famílias botânicas. Das quais, 18 foram citadas de uso alimentício e 18 medicinais. Das plantas alimentícias, há cinco que são reconhecidas como Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), na literatura científica. As partes das plantas mais utilizadas foram as folhas, na forma de chás, ou maceradas. Sobre as plantas medicinais, foi afirmado que antigamente costumava-se utilizar das ervas dos próprios quintais para cuidar de problemas de saúde, mas, que isso está sendo deixado de lado, para comprar medicamentos em farmácias. São os mais velhos, que foram apontados nessa vivência, como aqueles que ainda plantam em seus quintais, utilizam das plantas alimentícias e das ervas dos quintais. Esse relato demonstra a importância de incentivar os cultivos nos quintais e o empoderamento desses quintais como espaços essenciais de acesso a alimentos saudáveis e adequados, sem uso de agrotóxicos e em quantidade satisfatória diante da diversificação de plantas alimentícias e medicinais encontradas. Plantas que embora sejam apontadas como Pancs, para essa família são conhecidas e de uso convencional, utilizadas pelos antepassados e repassados entre as gerações quanto as formas de uso e preparo.
Palavras-chave quintais produtivos, plantas alimentícias e medicinais, quilombolas
Forma de apresentação..... Painel
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