“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16733

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Pedro Augusto Teixeira de Oliveira
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Camila Batista da Silva Lopes, Evânderson Luis Capelête Evangelista, Luiza Assis Ribeiro, Samuel Fernandes de Souza
Título Efeito da temperatura dos gases da carbonização da madeira de Corymbia no rendimento em extrato pirolenhoso
Resumo Durante a carbonização da madeira, são gerados gases condensáveis e não condensáveis, que são comumente lançados à atmosfera, afetando a salubridade das unidades produtoras de carvão vegetal e do ambiente no entorno. É de extrema importância a busca por mecanismos que minimizem a emissão desses gases e proporcionem uma produção mais sustentável. Dentre os mecanismos, há a recuperação dos gases condensáveis, agregando valor à produção de carvão vegetal, pois o extrato pirolenhoso gerado permite uma vasta aplicabilidade em áreas como farmacêutica, agronômica, química e alimentícia. A composição do extrato pirolenhoso pode variar quando se altera a temperatura a qual os gases são submetidos durante a carbonização. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção do extrato pirolenhoso, considerando diferentes faixas de temperatura dos gases de carbonização da madeira Corymbia para recuperação dos gases condensáveis, em um sistema fornos-fornalha híbrido adaptado para condensação de gases. Foi desenvolvido um recuperador, composto pela junção de tubulação metálica e tubulações em PVC, tendo comprimento total de 7,2 m e diâmetro interno de 15 cm. O recuperador foi inserido na lateral da chaminé do forno, à 23 cm de altura e fazendo um ângulo de 30°, em relação ao solo. Foram instalados quatro termopares tipo K ao longo do recuperador para monitoramento da temperatura dos gases. Realizou-se a coleta de extrato pirolenhoso em três faixas de temperatura (65 a 85°C, 85 a 150°C e 150 a 170°C) durante a condução da carbonização. O rendimento em extrato pirolenhoso obtido nas faixas de 65 a 85°C, 85 a 150°C e 150 a 170°C foi 2,8, 5,4 e 0,3%, totalizando 8,4%. Esse é um valor semelhante aos encontrados na literatura para recuperação de extrato pirolenhoso a partir da carbonização da madeira de eucalipto, utilizando condensadores acoplado aos fornos de carbonização. A madeira de Corymbia apresentada no estudo apresentou umidade entre 18,4 e 28,3%. Essa baixa umidade contribuiu para a baixa geração de extrato pirolenhoso, especialmente na primeira faixa de coleta (65 a 85°C). Nesta faixa, a temperatura média da copa do forno foi de 195°C. Sabe-se que há um pico máximo de emissões gasosas quando o forno de carbonização apresenta temperaturas entre 300 e 350°C, a qual se relaciona com o ponto de degradação máxima das hemiceluloses e celulose. Na segunda fase (85 a 150°C), a temperatura média da copa do forno foi de 302,8°C, possibilitando maior degradação dos componentes da madeira e maior geração de extrato. Coletou-se pouca quantidade de extrato pirolenhoso na faixa de temperatura de 150 a 170°C, a qual teve a menor duração. Como estava na fase final do processo, a temperatura dos gases rapidamente atingiu valores superiores ao máximo estabelecido para coleta. Conclui-se que a faixa de coleta em 85 a 150°C foi a que obteve maior geração de extrato pirolenhoso e recomenda-se realizar a caracterização para avaliar a qualidade deste extrato.
Palavras-chave licor pirolenhoso, sustentabilidade, recuperador
Forma de apresentação..... Painel
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