Outros membros |
Ana Dária Leite Viana, Felipe Miranda Anastácio, FREDERICO FALCAO SALLES, Lara de Godoi Soares, Marcela Miranda de Lima, Marina Magalhães Moreira, Millena Cristhina Dias Correia, Moana Teixeira Rothe-Neves |
Resumo |
No ano do bicentenário da Independência do Brasil, nosso projeto resgata uma personagem que foi fundamental na tomada de decisão pela independência, Maria Leopoldina da Áustria. Esta mulher, oriunda de uma família tradicional portuguesa de elite, era consciente da importância de sua educação, da sua formação política e cultural, assim como da ciência. Leopoldina não só foi a responsável por articular o processo de independência e outras decisões em prol do Brasil enquanto nação, como também promoveu o estudo da biodiversidade do país numa expedição científica pioneira. A partir desta expedição, belíssimos registros da flora e da fauna foram feitos em pinturas e desenhos. Além disso, milhares de exemplares foram coletados e preservados, incluindo insetos, que serão nossas “ferramentas” para abordar a história, conversar sobre ciência, praticar o método científico e discutir questões de gênero e participação política. Com isso em mente, Leopoldina foi nosso ponto de partida para o resgate da história das nossas e dos nossos cientistas, muitas vezes permeada de obstáculos e falta de apoio (financeiro, político e até familiar). No primeiro encontro presencial na escola (junho/2022), apresentamos a história de Maria Leopoldina, visto que os alunos desconheciam sua história e importância. Trabalhamos a questão do ‘privilégio’, que possibilitou à Leopoldina assumir posições políticas que outras mulheres, àquela época, não tinham permissão para participar. No segundo encontro, fizemos uma pesquisa de interesses e, logo na sequência, compartilhamos com os alunos algumas sugestões de atividades para realizarmos ao longo do ano. Uma das atividades mais requisitadas foi uma visita ao Museu de Entomologia da UFV para ver a diversidade de insetos, especialmente besouros, insetos aquáticos e borboletas. Além desta visita, faremos uma ‘expedição científica’ pela Mata da Biologia da UFV, em parceria com os Trilheiros do Sauá e com as professoras de Português e Artes da escola. Nesta expedição, os alunos serão Jovens Historiadores e Naturalistas, e registrarão suas percepções e aprendizados de forma artística através de textos, poesia, ilustrações, podcasts, fotografias e o que mais a imaginação permitir. No ambiente escolar, demonstraremos as técnicas de coleta de insetos na escola e arredores, onde os alunos irão experienciar o cotidiano de cientistas que estudam insetos e conhecerão a diversidade de insetos presente na escola. Para o encerramento, teremos um evento aberto a toda a comunidade escolar, para os alunos compartilharem o que aprenderam e apresentarem os insetos coletados. Até o momento, o feedback dos alunos foi positivo, manifestado através da participação intensa destes, troca de experiências e relatos por escrito. Acreditamos que nossos objetivos serão cumpridos à medida em que construímos juntos o conhecimento por meio de atividades lúdicas e interativas, que valorizam o conhecimento prévio dos alunos e vão de encontro aos seus interesses. |