Resumo |
A exigência energética das aves é atendida por meio da alimentação, a qual é composta, majoritariamente, de milho e de farelo de soja. No entanto, esses cereais possuem em sua composição fatores antinutricionais que podem limitar o aproveitamento dos nutrientes, como os polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e o fitato (Woyengo et al., 2017; Singh & Kim, 2021). A adição de enzimas exógenas nas dietas para aves é uma alternativa para reduzir esses efeitos negativos, visto que melhora a digestibilidade dos nutrientes e o aproveitamento de energia (Yang et al., 2010; Hahn-Didde, Purdum, 2014; Bavaresco et al., 2020). Dessa forma, o presente estudo avaliou o efeito da redução dos níveis energéticos das rações e a utilização de diferentes enzimas sobre o desempenho de frangos de corte de 22 a 42 dias. O experimento foi realizado no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais para Produção (CEUAP - UFV), protocolo de registro (046/2021). Foram utilizados 1600 frangos de corte machos da linhagem Cobb 500® de 22 a 42 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em 10 tratamentos, com 8 repetições e 20 animais por unidade experimental. Os tratamentos consistiram: T1 – Controle Positivo (CP) - 3200 kcal EM/kg atendendo as exigências nutricionais conforme Rostagno et al. (2017); T2(CN1) – CP com redução de 67 kcal/kg; T3(CN2) – CP com redução de 133 kcal/kg; T4 (CN3) – CP com redução de 200 kcal/kg; T5 – CN3 + 100 g/ton endo - 1,4 - beta-mananase; T6 – CN3 + 100 g/ton endo-1,4-beta-xilanase e endo-1,4-beta-glucanase; T7 – CN3 + 50 g/ton 6-fitase; T8 – CN3 + 100 g/ton endo-1,4-beta-xilanase e endo-1,4-beta-glucanase + 50 g/ton 6-fitase; T9 – CN3 + 100g/ton endo-1,4-beta-xilanase; T10 – CN3 + 100 g/ton endo-1,4-beta-xilanase e endo-1,4-beta-glucanase + 100g/ton endo-1,4- beta-mananase + 50g/ton 6-fitase. Os parâmetros de desempenho avaliados foram o consumo de ração (CR, g/ave), o ganho de peso (GP, g/ave) e a conversão alimentar (CA, kg/kg) aos 42 dias de idade. Os dados foram submetidos à análise de variância ao nível de 5% de significância utilizando o pacote ExpDes.pt do programa estatístico R (R Software v. 4.0.4). O teste de Student-Newman-Keuls (SNK) foi aplicado para comparar as médias dos tratamentos (P≤0,05). A suplementação de enzimas nas dietas de frangos de corte, na fase de 22 a 42 dias, com redução dos níveis energéticos apresentou melhora significativa na conversão alimentar (P≤0,05), quando comparadas ao tratamento controle negativo (T4 -200 kcal/kg), além disso, para a variável peso corporal o tratamento T7 com adição da 6-Fitase foi superior aos demais tratamentos. Conclui-se que a inclusão de enzimas nas dietas de frangos de corte na fase final de 22 a 42 dias, com redução dos níveis energéticos melhora os parâmetros de desempenho (conversão alimentar e peso corporal). |