“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16644

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Letícia Souza Sampaio
Orientador LUCIANE ISABEL RAMOS MARTINS
Outros membros Abilene de Sá Barbalho, Carla Martins Nunes, Júlia Maria Nogueira Silva, Laiza Baptista de Carvalho, Maria Clara Brasileiro Silvério, Maria Eduarda Martins Cardoso, Natália Inês Sodré Pereira, Nathanny Rosa Dias
Título Espaços não formais de educação: o projeto “Amor ou cilada” na produção de aprendizagens transformadoras no enfrentamento à violência contra mulheres.
Resumo A educação não-formal é uma área de conhecimento que segue em processo de construção. Essa modalidade de ensino, ainda muito confundida com a educação informal, começa a delimitar seu campo de conhecimento, sua intencionalidade educativa e seus fundamentos teóricos. Para isso, essa prática educativa se configura em um espaço multidisciplinar que através de uma prática e métodos didáticos diferentes do convencional escolar e recursos pedagógicos complementares, permite que os indivíduos participantes construam autonomia e saberes sociais para lidar de forma crítica - e coletiva - com problemas cotidianos. A escola é um espaço que pode ser pensado enquanto privilegiado por ser o ambiente formal de educação dos indivíduos e porque, ainda que o espaço escolar seja produzido também pelos sujeitos escolares, existem hierarquias que dizem respeito à escolha dos conteúdos e ao processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, é possível considerar que as oficinas pedagógicas oferecidas nas escolas pelo projeto Amor ou Cilada, facilitado pelo eixo de formação vinculado ao programa Casa das Mulheres, se apresentam como espaços educativos não-formais ainda que circunscritas ao ambiente formal de educação. As oficinas dialogam com os conteúdos curriculares, ao mesmo tempo que valorizam as experiências do grupo e dos indivíduos, levando em conta questões e relações pessoais e construindo uma nova práxis pedagógica. Embora o projeto se dê nas dependências escolares e que as oficinas apresentem também conteúdos organizados e sistematizados, a escolha e a construção dos espaços preza a autonomia e a horizontalidade, de forma que a intencionalidade do ensino seja marcada pela flexibilidade. Nas oficinas são trabalhados conteúdos que abarcam política de gênero, leis e direitos, identidade e diferenças, patriarcado, menstruação e cuidados com o corpo, dentre outros que são trazidos pelas próprias estudantes através das discussões dos conceitos apresentados e são pertinentes ao objetivo do projeto - prevenir relações abusivas e marcadas pela hierarquia de gênero, especialmente na adolescência. Durante as oficinas, o ensino e a aprendizagem são direcionados a partir de dinâmicas e ferramentas didático-pedagógicas que se diferenciam das tradicionais expositivas, como uma complementação da educação formal na resposta das demandas sociais. Com maior liberdade em aprender e ensinar, educar se torna a criação de possibilidades para a construção dos próprios conhecimentos, sendo a aprendizagem um processo constante e produto das relações sociais para além da instituição. A educação não formal em complemento à formal conecta o cotidiano ao aprendizado, desfragmenta os conteúdos e incentiva a transdisciplinaridade entre os conteúdos e as posturas associativas, participativas e questionadoras diante dos conteúdos curriculares.
Palavras-chave Educação não-formal, ensino-aprendizagem, práticas pedagógicas.
Forma de apresentação..... Vídeo
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