“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16643

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Júlia Stefani Thomazini Pizzol
Orientador EVANDRO RODRIGUES DE FARIA
Outros membros Bárbara Tavares de Paula
Título O Investimento Social Privado (ISP) em relatórios de atividades de organizações investidoras
Resumo O presente trabalho tem como objetivo compreender como as organizações investidoras associadas ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) abordam o Investimento Social Privado (ISP) em seus relatórios de atividades. Para isso, foram mapeadas as organizações que compõem o GIFE e, posteriormente, foi caracterizado como se dá a atuação dessas organizações. A análise foi feita tendo como dados os relatórios de atividades dos associados GIFE do ano de 2019, a partir do método de Análise de Conteúdo de Bardin (2011), tendo sido construídas cinco categorias analíticas para isso, sendo elas a origem de recursos, a forma de atuação da organização investidora, a finalidade do investimento, a participação social, e a accountability. A análise dos resultados mostrou, em relação à origem de recursos, que as organizações não divulgam muita informação a respeito, mas que eles são de origem privada e voluntária, assim como o conceito de ISP o define, e que é comum o investimento ser devido às Leis de Incentivo Fiscal instituídas pelo governo. Em relação à forma de atuação da organização investidora, é possível perceber que há preocupação com o monitoramento e avaliação dos investimentos sociais realizados, porém esse aspecto aparece em poucos relatórios, sendo um fator que carece de detalhamento. Muitas práticas que alegam ser de ISP se aproximam de práticas caritativas que destinam recursos sem que haja a busca de resultados ou de impacto social significativo. Analisando-se a finalidade do investimento, é possível perceber que os relatórios afirmam que os projetos beneficiados são de interesse público, mas não apresentam, em sua maioria, como esse interesse público é determinado. Dessa forma, resta o questionamento acerca de qual interesse está sendo suprido e se as áreas beneficiadas são ou não as áreas prioritárias. Quanto à participação social, percebe-se que ela ainda é presente de forma superficial nas etapas do ISP e a comunidade participa, majoritariamente, como parte passiva dessa dinâmica. No entanto, nota-se que as organizações têm a preocupação de manter um canal de diálogo aberto com a comunidade. Em relação à accountability, os aspectos que mais aparecem nos relatórios são a transparência e a prestação de contas, mostrando preocupação por parte das organizações em serem responsivas. No entanto, o caráter passivo ainda se mostra predominante na disponibilização de informações. Conclui-se, a partir dos resultados apresentados, que a partir desses investimentos sociais realizados e da nova forma de se pensar o papel social das empresas privadas, bem como os modos que o governo encontrou de incentivar o investimento social, as organizações participam cada vez mais da dinâmica de promoção do desenvolvimento e bem-estar social das comunidades onde estão inseridas. Acredita-se, portanto, que essa inserção e ação conjunta da iniciativa privada e do poder público são uma nova forma de arranjo que é capaz de trazer melhorias para a sociedade.
Palavras-chave Investimento social privado, relatórios de atividades, associados GIFE.
Forma de apresentação..... Vídeo
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