Resumo |
Introdução: Lesão por pressão (LPP) é um dano causado à pele e/ou à tecidos moles subjacentes, comumente situados sobre uma proeminência óssea, ou dano gerado pela compressão de dispositivos médicos ou de outros artefatos, que ocorre pela pressão intensa e/ou prolongada combinada ao cisalhamento. As LPP são evitáveis, sendo de suma importância a prevenção desse evento adverso, a qual a equipe de enfermagem desempenha um papel crucial. Objetivo: Avaliar monitoramento dos indicadores de segurança para prevenção de LPP por enfermeiros. Metodologia: Esta análise faz parte de um projeto de pesquisa maior intitulado “Avaliação do Risco do Desenvolvimento de Lesões por Pressão em Pacientes de uma Unidade Hospitalar” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (Protocolo: 4.203.388). Os dados foram coletados através de questionário aplicado à 17 enfermeiros com perguntas relacionadas às práticas de prevenção da LPP. Resultados: A média de idade (em anos) dos participantes foi de 31,4(±5,98), a mediana 32(25-45). Quanto ao tempo de formação (em meses) a média foi de 76,59(±58,8) e a mediana 60(6-216), um enfermeiro possui menos de 1 ano de formado, 08 possuem de 1 a 5 anos, e 08 mais de 5 anos. Quanto ao tempo de atuação na instituição (em meses) a média foi de 72,41(±65,7) e a mediana 72(2-204). No que tange a avaliação do risco de lesão por pressão na admissão do paciente, 14 enfermeiros relataram realizá-la, destes, 12 por meio da utilização da Escala de Braden, as mesmas informações foram obtidas ao questionar a avaliação diária do risco. Apesar de 15 profissionais dizerem conhecer a Escala de Braden, e 14 afirmarem ter conhecimento de como utilizá-la, apenas 12 responderam corretamente em que consiste sua avaliação. Quanto à monitorização dos indicadores de segurança do paciente na prevenção de LPP, observou-se que 88,2% dos enfermeiros realizam a inspeção diária da pele do paciente por todo o corpo e monitora a exposição à umidade. A ingestão calórica dos pacientes, é avaliada por 76,5% dos enfermeiros e 58,8% avaliam o risco de desnutrição. A utilização de apoio nos locais de proeminências ósseas foi relatada por 82,4% dos entrevistados, enquanto que a promoção de mudança de decúbito, foi registrada por 88,2% dos enfermeiros, no entanto apenas 29,4% a realizam a cada 2 horas como preconizado. Conclusão: Houveram limitações no estudo, relacionada ao número de profissionais que responderam o questionário. Outro fator de confusão está relacionado à fidedignidade das respostas e à individualidade das mesmas, dado que os profissionais preencheram o questionário próximos um ao outro. Observa-se que a maior parte dos profissionais monitoram os indicadores de prevenção de LPP, porém cabe destacar fragilidade na notificação e na condução dos procedimentos realizados. |