“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16607

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Demografia
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Maynne de Sousa Moura
Orientador TIAGO AUGUSTO DA CUNHA
Outros membros Ana Julia Vieira Sena Mendes, Vanessa Coelho Monte Alto
Título Desterro: mineração e migração na Serra do Brigadeiro
Resumo A mineração é uma atividade industrial que impacta significativamente a dinâmica socioeconômica brasileira. Em meados da década de 1990, sobretudo, com um intenso crescimento desse setor, a extração de bauxita expandiu-se para a mesorregião da Zona da Mata Mineira, dando início a diversos processos minerários no chamado “veio da bauxita”, localizado na vertente leste da Serra do Brigadeiro, sendo que essas operações minerárias foram estabelecidas, principalmente, pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Com o objetivo de identificar as transformações da mineração de bauxita na região, investigamos o perfil populacional de alguns municípios integrantes, analisando especificamente seus movimentos migratórios. Para essa análise foram selecionados 12 municípios, nomeadamente: São João Nepomuceno, Descoberto, Miraí, Muriaé, Divino, Miradouro, São Sebastião da Vargem Alegre, Fervedouro, Rosário da Limeira, Cataguases, Dona Eusébia e Itamarati de Minas. Dessa forma, construímos matrizes migratórias através da definição de recortes territoriais, quais são: os municípios relatados, suas microrregiões, a mesorregião Zona da Mata, Minas Gerais, Sudeste e Brasil. Para tal, utilizamos os microdados da amostra dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado, obtivemos as matrizes segundo 2 variáveis, região de residência atual e região de residência anterior, esta última compreende os municípios de residência dos indivíduos 5 anos antes da data de referência dos Censos, denominada variável migratória de “data fixa”. Posteriormente, calculamos o saldo migratório de cada município, através da diferença do total de imigrantes e emigrantes retirados da própria matriz. Deste modo, constatamos que os municípios de médio porte, Muriaé e Cataguases, apresentam fluxos migratórios de diversos recortes territoriais, sobretudo interestaduais. Já os municípios de pequeno porte, em geral, apresentam fluxos locais, limitando-se a microrregião e mesorregião. Entretanto, aqueles que se localizam mais próximos aos limites estaduais (Divino, Fervedouro, Miradouro) exprimem maiores fluxos migratórios interestaduais. Além disso, observamos que houve um aumento dos emigrantes em municípios que implementaram a mineração na década de 90 (São João Nepomuceno, Descoberto e Itamarati de Minas), e naqueles que ainda estão em fase de requerimento de lavra. Já nos municípios onde a exploração de bauxita é mais recente (São Sebastião da Vargem Alegre, Rosário da Limeira e Miraí) houve aumento da imigração. Destacamos que estas análises são preliminares, sendo ainda necessário a espacialização dos processos minerários de bauxita na região e o cruzamento desses dados com as respectivas matrizes. Por ora, apontamos que através da mineração houve maior amplitude geográfica dos movimentos migratórios, além do aumento da emigração, provavelmente devido ao fato da desestruturação da população local.
Palavras-chave Mineração, Migração, Bauxita
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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