“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.
8 a 10 de novembro de 2022
Trabalho 16594
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Letras |
| Setor | Departamento de Letras |
| Bolsa | PIBIC/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | João Vitor Ferreira Rivelli |
| Orientador | MONICA SANTOS DE SOUZA MELO |
| Título | Ciência e religião nas redes sociais: o debate em torno do fechamento dos templos na Pandemia do COVID-19 no Twitter |
| Resumo | A partir de 2019 se instaurou uma crise sanitária no mundo, com a pandemia da COVID-19, que no Brasil vitimizou mais de 660 mil pessoas. Além de impactos físicos e mentais, a pandemia gerou uma mudança de rotina devido a recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), incluindo o isolamento social e, em situações mais extremas, o lockdown. Em oposição, houve uma narrativa, propagada pelo governo federal e seus apoiadores, contrária ao isolamento, para que a economia não fosse prejudicada. Esse embate fez com que o Supremo Tribunal Federal (STF), em abril de 2020, se posicionasse para garantir autonomia a prefeitos e governadores de determinarem medidas sanitárias e em abril de 2021 se manifestasse a respeito das restrições temporárias de atividades religiosas presenciais no estado de São Paulo. O posicionamento adotado pelo STF, favorável às medidas, repercutiu na população e no segmento religioso, principalmente em algumas denominações evangélicas, que contestaram, principalmente nas mídias, o fechamento dos templos. Este trabalho se insere num projeto que visa avaliar a ação e a repercussão das publicações no Twitter feitas por agentes vinculados a segmentos religiosos que se manifestaram contrariamente às medidas de isolamento social, especificamente no que diz respeito ao fechamento de estabelecimentos comerciais e templos religiosos durante a pandemia. O objetivo deste trabalho é identificar quais as principais teses e estratégias argumentativas adotadas por agentes religiosos em publicações do Twitter; foram escolhidos alguns que tiveram mais repercussão: pastores Lúcio Barreto, Silas Malafaia, Marco Feliciano e padre Paulo Ricardo. Isso será feito a partir de uma metodologia qualitativa que visa descrever tais postagens pela interpretação e utilização de textos teóricos sobre discurso, principalmente a partir da Análise Semiolinguística do Discurso, de Patrick Charaudeau, que identifica que os participantes de uma situação e comunicação devem ser entendidos como seres psicológicos e sociais, sendo o locutor um “EU comunicante” (ser social) que performa um “EU enunciador” (ser de fala) para um “TU destinatário” (ser de fala), que pode ser diferente do “TU interpretante” (ser social). Há então um ambiente interno, espaço do dizer, e um ambiente externo, espaço do fazer. Os pastores e o padre, enquanto sujeitos comunicantes, têm em comum, além da formação religiosa, um interesse em utilizar os meios de comunicação de massa para divulgação de suas ideias, alternando entre discurso político e religioso. Nos pastores neopentecostais apresentados há uma predominância do discurso político, performado por argumentos manipuladores com uma aparência lógica, que defendem implicitamente o progresso material e a arrecadação das igrejas, pela relação feita entre igrejas e comércios. Eles buscam reivindicar a essencialidade das práticas presenciais (que potencializam a arrecadação), mirando um “TU- destinatário” que possa aderir a tais ideias. |
| Palavras-chave | Discurso, Religião, COVID-19 |
| Forma de apresentação..... | Vídeo |
| Link para apresentação | Vídeo |
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