“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16570

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia civil
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Jean Carlos Bernardes Dias
Orientador LEONARDO GONCALVES PEDROTI
Outros membros Hellen Regina de Carvalho Veloso Moura, Márcia Maria Salgado Lopes Basso
Título Produção e avaliação de tintas sustentáveis utilizando resíduos de beneficiamento de rochas ornamentais
Resumo O Brasil é um dos grandes produtores e exportadores mundiais de rochas ornamentais, em especial, de granito e mármore. Isso implica em uma grande preocupação com os resíduos gerados neste setor industrial, pois, quando estes são dispostos em locais inadequados, podem provocar danos à saúde humana e ao meio ambiente. Diante disso, o reaproveitamento desses resíduos para a fabricação de novos produtos é uma alternativa que contribui com o desenvolvimento sustentável. Dentre os setores ligados à construção civil, o setor industrial de tintas destaca-se na busca por soluções para reduzir os impactos ambientais causados pelos produtos empregados na pintura imobiliária. Assim, o objetivo deste trabalho é produzir e avaliar o desempenho de tintas sustentáveis e de baixo custo, utilizando resíduos de beneficiamento de rochas ornamentais. Para a produção das tintas, selecionou-se o resíduo do mármore e o resíduo do granito, para atuarem como pigmentos, a água (solvente) e a resina poliacetato de vinila – PVA (ligante). Submeteu-se os resíduos a um processo de desaglomeração, dispersão mecânica e peneiramento das partículas em meio aquoso, sequencialmente, realizou-se a caracterização física, química e morfológica dos resíduos. Definiu-se um delineamento experimental de misturas ternário, variando-se as proporções do resíduo (30-50%), da água (35-45%) e da resina (10-25%), sendo que este delineamento foi reproduzido duas vezes, ora usando o resíduo de granito, ora usando o resíduo de mármore. Em seguida, determinou-se o poder de cobertura da tinta seca e a resistência à abrasão úmida sem pasta abrasiva. Através da análise estatística dos resultados, verificou-se que a tinta de resíduo de granito de melhor desempenho foi composta por 44% de resíduo, 35% de água e 21% de resina, resultando em uma resistência à abrasão de 110 ciclos e um poder de cobertura de 4 m²/l; enquanto a tinta de resíduo de mármore de melhor desempenho foi composta por 45% de resíduo, 35% de água e 19% de resina, resultando em uma resistência à abrasão de 79 ciclos e um poder de cobertura de 4 m²/l. Com isso, observou-se que a água contribui negativamente com a resistência à abrasão e com o poder de cobertura, pois, em ambos os delineamentos, as melhores formulações apresentaram a quantidade mínima de água considerada (35%). Constatou-se que a tinta de resíduo de granito necessitou de um pouco mais de resina, isso pode estar relacionado à menor granulometria das partículas e à sua maior superfície específica. Nota-se ainda que a tinta de resíduo de granito apresentou maior resistência a abrasão, possivelmente por causa da composição química do granito, que é predominantemente composto por dióxido de silício. Conclui-se que apenas as tintas de resíduo de granito atenderam, simultaneamente, às especificações de poder de cobertura (mínimo de 4m²/l) e resistência à abrasão (mínimo de 100 ciclos) prescritas pela ABNT NBR 15079:2011 para tintas da categoria econômica.
Palavras-chave tintas, resíduos, meio ambiente
Forma de apresentação..... Painel
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