“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16525

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Livia Batista Galinari
Orientador TIAGO ANTONIO DE OLIVEIRA MENDES
Outros membros Janine Cerqueira de Paiva, Luiza de Oliveira Possa, Renato Lima Senra, Vinicius dos Santos Romagnoli
Título Utilização de uma proteína quimera para aplicação como antígeno vacinal contra babesiose canina
Resumo Protozoários do gênero Babesia são parasitas transmitidos por carrapatos que infectam os eritrócitos de animais. Infecções por diferentes espécies desse patógeno são amplamente distribuídas em cães, sendo a espécie Babesia canis a mais frequente. As manifestações clínicas da doença variam de letargia e anemia a disfunção de órgãos. A complexidade no cultivo e isolamento desse parasita dificultam a vacinação preventiva contra babesiose. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi o uso de uma proteína quimérica para atuar como antígeno vacinal na produção de resposta imune contra B. canis. Após aprovação do projeto pela Comissão de Ética no Uso de Animais, 35 camundongos da linhagem Balb/c foram distribuídos em 5 grupos experimentais, sendo eles: controle de salina, controles apenas de adjuvante (hidróxido de alumínio + saponina (H/S) ou emulsigen), e testes de antígeno (proteína) + adjuvante. Os camundongos foram imunizados por via subcutânea com uma dose inicial e dois reforços, que se procederam com intervalos de 15 dias. Decorridos 15 dias da última imunização, os camundongos foram desafiados com B. canis via inoculação intraperitoneal. Precedendo cada imunização e uma semana antes do desafio, coletou-se sangue dos animais pelo método de sangria pela cauda. O sangue foi diluído em PBS para realização do teste de Elisa indireto. Duas semanas após o desafio os animais foram eutanasiados. Coletou-se então amostras de sangue, para quantificação de patógenos por qPCR, e de baço, para realização de contagem de células e imunofenotipagem por citometria de fluxo dos linfócitos CD4+ e CD8+. Foi feita a mensuração de citocinas IL-4 e IL-10 das culturas estimuladas com a proteína recombinante. Os grupos que receberam a formulação adjuvante + proteína exibiram indução da produção de anticorpos após a segunda imunização. Na análise de carga parasitária no baço dos animais infectados com B. canis, não foi detectada diferença estatística entre os grupos tratados e o controle, porém dentre todos os tratamentos, a carga observada para o grupo imunizado com H/S foi a menor. Nesse caso, o percentual médio de proteção, foi de 90%, indicando que a formulação de proteína combinada com H/S foi capaz de reduzir em 90% a carga do parasita nos animais. Para a indução de células CD4+, o adjuvante H/S foi o mais eficiente, sendo a maior resposta pertencente ao grupo tratado com proteína e H/S. Os resultados foram semelhantes para células CD8+. Em relação à produção de citocinas, para os animais tratados com emulsigen e proteína, não houve produção significativa de IL-4 comparado ao grupo controle. Já para a produção de IL-10, houve considerável diferença nos grupos emulsigen e emulsigen + proteína em comparação ao controle. Diante dos resultados apresentados, a proteína quimera conseguiu, com sucesso, induzir uma resposta imune substancial contra o patógeno Babesia canis. A partir disso, espera-se efeitos análogos na experimentação com modelo canino.
Palavras-chave vacina, proteína quimérica, babesiose canina
Forma de apresentação..... Vídeo
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