Resumo |
Analisou-se a excreção de nitrogênio urinário (EUN), em bovinos suplementados infrequentemente com compostos nitrogenados e submetidos a diferentes estratégias de suplementação energética. Foram utilizadas cinco novilhas Nelores (332±20 kg), em delineamento em quadrado latino 5 × 5. Avaliou-se os tratamentos: controle (somente forragem); suplementação infrequente com 660 g de proteína bruta (PB) a cada três dias; suplementação infrequente com 660 g de PB a cada três dias e suplementação diária com 440 g de amido; suplementação infrequente e concomitante com 660 g de PB e 1320 g de amido a cada três dias; e suplementação infrequente com 660 g de PB e 1320 g de amido a cada três dias, no qual a suplementação com amido foi realizada no dia posterior à suplementação com PB. Foram utilizados cinco períodos com 27 dias de duração, sendo os 15 primeiros dias destinados à adaptação dos animais aos tratamentos. Todas as avaliações foram realizadas considerando-se o ciclo de suplementação de três dias. A alimentação basal foi constituída por feno de tifton de baixa qualidade, fornecido diariamente às 6h00 e 18h00. Do 22º ao 24º dia, foram realizadas coleta total de urina, iniciando às 6h00 do 22º dia de cada período. Ao final de cada período de 24 horas, o total de urina foi mensurado. Alíquota de 50 mL foi obtida e imediatamente analisada quanto aos teores de N total. A EUN foi maior (P<0,01) nos animais suplementados. A suplementação exclusiva proteica ou simultânea com proteína e amido apresentou EUN similar (P>0,05) nos dois primeiros dias do ciclo, com decréscimo (P<0,05) no terceiro dia do ciclo de suplementação. Por sua vez, a suplementação frequente com amido e a suplementação com amido posterior à suplementação proteica causaram decréscimo gradativo (P<0,05) da EUN ao longo dos dias do ciclo de suplementação. A perda de N na urina é determinante no uso do N no metabolismo dos bovinos, observamos que independente da adição de amido, as perdas de N urinário foram elevadas devido a suplementação proteica, isso acarretou eficiência similar do uso de N nos tratamentos. Porém o esquema de suplementação infrequente proteica culminou na existência de picos de excreção urinaria de N no dia da suplementação, isso pode ter ocorrido devido a alta carga de proteína não ter sido toda assimilada pelo animal, a maior estabilidade de excreção foi observada no tratamento de suplementação proteica e energética concomitante, isso pode ter ocorrido pois com o aporte energético a proteína foi melhor usada podendo ter sido convertida em deposição muscular. Desse modo em termo de suplementação a melhor estratégia foi a suplementação infrequente proteica e energética concomitantemente, vale ressaltar que em termos de sistemas de suplementação que essa estratégia consistiria naquela que demandaria menores custos e mão-de-obra para o fornecimento de suplementos. |