“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16520

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Fabiana Nascimento de Carvalho
Orientador NILDA DE FATIMA FERREIRA SOARES
Outros membros Clara Suprani Marques, TAILA VELOSO DE OLIVEIRA
Título Estudo da degradação em solo de filmes de acetato de celulose e zeína com diferentes plastificantes
Resumo Acetato de celulose (AC) é um biopolímero obtido a partir da acetilação da celulose (substituição de hidroxilas por grupos acetila). AC com grau de substituição (GS) 2,5 é o mais disponível no mercado e também o mais investigado no estudo de embalagens sustentáveis. No entanto, embora a acetilação permita obtenção de um material com características desejáveis para a indústria, como alta transparência e maior hidrofobicidade, a degradabilidade do material é afetada. Dependendo das condições, AC com GS = 2,5 pode levar meses para se degradar, o que não é desejável em termos de sustentabilidade. De forma a aumentar a taxa de degradação do AC, estratégias como incorporação de plastificantes e misturas com outros biopolímeros (blendas poliméricas) são propostas. Nesse contexto, a degradabilidade em solo de filmes de AC incorporados com os plastificantes glicerol (GLI) ou tributirina (TRI) foi investigada. Também foi avaliada se a formação de blenda (BL) de AC com zeína (proporção 3:2 m/m), uma proteína extraída do milho, afetaria o processo de degradação. Quatro filmes foram preparados: AC-GLI, AC-TRI, BL-GLI e BL-TRI. Filme de AC sem plastificante (AC-CNT), filme de zeína sem plastificante (Z-CNT), papel e polietileno de baixa densidade foram os controles. Amostras (5x3 cm²) foram enterradas em solo por 150 dias, sendo retiradas a cada 30 dias para avaliação em relação a características visuais (aparência macroscópica e microscópica por meio de microscopia eletrônica de varredura, MEV), perda de massa e alterações moleculares (espectroscopia por infravermelho com transformada de Fourier, FTIR). Ao longo dos 150 dias, não foram observadas alterações visuais na amostra AC-CNT (perda 2% de massa após 150 dias). Por outro lado, Z-CNT degradou-se em cerca de 90 dias. A presença de plastificantes aumentou a taxa de degradação do AC, sendo verificada perda de massa de 21% para AC-TRI e 27,6% para AC-GLI. Também houve alterações na aparência das amostras, que se tornaram mais opacas e esbranquiçadas, alterações microscópicas, com aparecimento de microfuros, riscos e cortes, e alterações nos espectros FTIR, com diminuição de intensidade da banda em 3.600-3.000 cm-1 (estiramento de OH, glicerol) e do pico em 1170 cm-1 (estiramento C-O, tributirina). Em relação às blendas, a perda de massa foi mais intensa (aproximadamente 50%). Visualmente, houve ligeira diminuição do tamanho e enrugamento dos filmes, além de mudança de cor, com aparecimento de áreas alaranjadas e rosadas, possível indicativo de ação de microrganismos. Nos espectros FTIR das blendas, foi verificada diminuição de intensidade dos picos em 1.650 e 1.540 cm-1, indicativo de quebra de ligações peptídicas. Concluiu-se que tanto glicerol quanto tributirina são opções interessantes de plastificantes em filmes de AC no que tange o aumento da taxa de degradação. A formação de blenda com zeína também se mostrou uma estratégia eficiente para aumentar a degradabilidade do AC com GS = 2,5.
Palavras-chave Acetato de celulose, degradabilidade, zeína
Forma de apresentação..... Painel
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