“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16500

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Francisco Damião Rodrigues Martins
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Camila Batista da Silva Lopes, Evânderson Luis Capelête Evangelista, Marco Célio Azevedo Ferreira, Pedro Augusto Teixeira de Oliveira
Título Influência do diâmetro nas curvas de carbonização e qualidade do carvão vegetal de Corymbia citriodora x Corymbia torelliana
Resumo O diâmetro da madeira é uma das principais variáveis que influencia o tempo de carbonização e afeta o rendimento e a qualidade do carvão vegetal. As curvas de carbonização já são bem conhecidas para as madeiras do gênero eucalipto, porém até o momento pouco se sabe sobre o impacto dessa variável para os híbridos de Corymbia, que possuem alta densidade básica e baixo teor de lignina total. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi obter as curvas de carbonização para diferentes classes diamétricas da madeira de híbrido de Corymbia citriodora x C. torelliana. O experimento foi desenvolvido no sítio de pesquisa e inovação de carvão vegetal do Laboratório de Painéis e Energia da Madeira – LAPEM, UFV. Para a carbonização foram utilizados fornos de alvenaria com capacidade volumétrica de aproximadamente 1 m³ de madeira. O carregamento da madeira foi realizado manualmente, com o seu arranjo na posição vertical, com toras de até 1,0 m de altura, seguindo os três centros de classes definidos, a saber: 9,75, 14,25 e 17,75 cm de diâmetro, sendo chamadas de classe 1, 2 e 3, respectivamente. A condução da carbonização foi realizada a partir de ensaios preliminares, estabelecendo as curvas teóricas de carbonização a ser seguida. O monitoramento da temperatura dos fornos foi realizado por meio de pirômetro de medição indireta de temperatura, através de dois poços metálicos instalados nas laterais do forno e um em sua copa. O controle da admissão de ar para o processo de pirólise foi feito a partir da abertura e fechamento dos controladores de ar. O rendimento gravimétrico foi determinado pelo quociente da massa de carvão vegetal produzido e a massa de madeira enfornada. Determinou-se a composição química imediata, seguindo a norma ABNT NBR 8112. Os resultados foram submetidos à análise de variância, e aplicou-se o teste de Tukey, a 95% de probabilidade. Utilizou-se o software Excel para plotar os dados de tempo e temperatura do processo e estabelecer as curvas de carbonização representativas por classe diamétrica. O tempo de carbonização foi influenciado pelo diâmetro da madeira, tendo tempos finais de 48, 54 e 56 horas, respectivamente, para as classes 1, 2 e 3, com incrementos médios de 12,5%, 16,7%, no tempo de total de ciclo de carbonização, para as classes 2 e 3. O rendimento gravimétrico também apresentou acréscimo proporcional entre as classes diamétricas, sendo este 28,3% na classe 1, 29,4% na classe 2 e 30,1% na classe 3. Os teores médios de carbono fixo dos carvões vegetais foram de 75,6%, 78,8% e 79,2%, para as classes 1, 2 e 3, respectivamente. Em função do rendimento gravimétrico e das propriedades dos carvões vegetais obtidos, conclui-se que as curvas de carbonização estabelecidas podem ser consideradas satisfatórias, visto que os valores obtidos estão próximos os obtidos em condições controladas de laboratório, fornos mufla, tendo a variável diâmetro impacto direto na produtividade dos fornos, devido ao maior tempo de ciclo total de carbonização.
Palavras-chave Pirólise, Corymbia, Carbonização
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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