“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16469

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Mayda Souza Soares
Orientador RAQUEL MARIA AMARAL ARAUJO
Outros membros Iolanda de Fátima Cesar da Silva
Título Relação entre estilo parental na alimentação e qualidade da alimentação de crianças de 18 a 74 meses de idade
Resumo Introdução: O estilo parental na alimentação pode ser definido pelas atitudes que caracterizam a dinâmica de interação entre pais e filhos perante o ato de alimentar-se. Diante da influência exercida pelos pais durante o desenvolvimento dos hábitos alimentares na infância, é essencial elucidar como as atitudes parentais estão associadas com a qualidade da alimentação das crianças. Objetivos: Analisar o estilo parental de alimentação das mães e verificar sua associação com a qualidade da alimentação das crianças. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, no formato online com servidoras e estudantes de instituições de ensino superior públicas do Brasil e seus filhos (34,11±12,09 meses). A coleta de dados ocorreu pelo envio de questionários semiestruturados online usando a ferramenta Google Forms. Avaliou-se o consumo alimentar das crianças com base no Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar para as faixas etárias até 24 meses e acima de 24 meses, e o estilo parental na alimentação, a partir do Questionário de Estilos Parentais de Alimentação (QEPA). Os dados foram organizados no Excel e passaram por análise univariada nos programas Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 26.0). As associações foram feitas pelos testes do Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher, com nível de significância estatística de 5%. Resultados: Participaram do estudo 416 mulheres, com média de idade de 35,38 anos (±7,97). Quanto ao consumo alimentar das crianças, houve predomínio de alimentos saudáveis em comparação aos não-saudáveis em ambas as faixas etárias. Quanto ao estilo parental de alimentação, os perfis indulgente (75,5%) e negligente (24,3%) foram mais frequentes entre a amostra estudada. Ao analisar a associação entre estilo parental e qualidade alimentar, observou-se que entre as crianças < 2 anos, a maior frequência de consumo de alimentos ricos em vitamina A (95,5%) ocorreu pelas filhas de mães de perfil indulgente, sendo significativamente maior quando comparadas com as de mães de perfil autoritativo (p<0,05). Já a ausência do consumo de ultraprocessados (96,8%) e biscoitos recheados, doces e guloseimas (94,5%) foi significativamente maior nos filhos de mães indulgentes (p<0,05). Entre as crianças ≥ 2 anos, o hábito de realizar no mínimo as três refeições principais do dia (73,2%), consumo de frutas (73,6%) e consumo de verduras e legumes (75%), apresentou maior frequência entre as filhas de mães indulgentes quando comparadas às mães autoritativas (p<0,05). Verificou-se também que entre as filhas de mães indulgentes, a ausência do hábito de realizar as refeições assistindo TV (81%), consumo de bebidas adoçadas (76,2%) e biscoito recheado, doces e guloseimas (78,1%) foi significativamente maior em comparação às mães autoritativas (p<0,001). Conclusão: Constatou-se que o estilo parental indulgente teve uma tendência a melhor qualidade alimentar das crianças quando comparados aos demais estilos parentais em ambas faixas etárias.
Palavras-chave Nutrição infantil, consumo alimentar, estilo parental
Forma de apresentação..... Vídeo
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