“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16468

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Rio Paranaíba
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Yanne Eufrazio de Carvalho
Orientador MONISE VIANA ABRANCHES
Outros membros Reginaldo Pereira Gomes, TATIANA COURA OLIVEIRA
Título Aspectos subjetivos e práticas laborais de manipuladores de alimentos: compreensão da percepção de risco sobre a higiene
Resumo Introdução: As Boas Práticas de Produção de Alimentos (BPPA) são importantes ações que devem ser realizadas nos serviços de alimentação coletiva para minimizar o risco da ocorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA). A pandemia de COVID-19 ampliou a atenção para com os cuidados sanitários, tendo em vista que o ambiente pode favorecer a disseminação da doença entre colaboradores e clientes, uma vez que a transmissão do vírus ocorre pelas vias áreas. Os manipuladores de alimentos são agentes essenciais no processo de produção de alimentos, pois minimizam o risco de contaminação ao adotarem as BPPA nesses serviços. Objetivo: Investigar o nível de conhecimento sobre higiene de alimentos, a percepção de risco sobre as DTA e a COVID-19 e o planejamento de medidas sanitárias em estabelecimentos produtores de refeições. Metodologia: Tratou-se de um estudo qualitativo realizado em dois restaurantes comerciais da cidade de Rio Paranaíba-MG. Foram realizadas entrevistas com 6 participantes entre os quais foram incluídos proprietários dos serviços e manipuladores de alimentos. A análise dos dados foi realizada conforme metodologia de análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). Resultados: Verificou-se que para os trabalhadores dos serviços analisados a compreensão do conceito de higiene de alimentos é reduzida e as ações referentes aos cuidados são pautadas nos hábitos passados culturalmente entre gerações, o que influencia as atividades laborais: “Lavar bem lavado, passar água quente com sal nas carne, primeiro antes de refogar. Nem sei se isso é normal, não sei se é certo não, mais é meu hábito”. Também foi observado viés otimista junto aos agentes do setor. Durante a entrevista alegaram acreditar que as refeições preparadas por eles no local onde trabalham não poderiam ser fonte de contaminação: “Olha por mim, eu acredito que não”. Mas, quando questionados sobre o colega ou as refeições servidas em outro estabelecimento, os manipuladores informaram não ter certeza se a contaminação não poderia ocorrer: “Ah eu não sei te falar, porque como se diz, a gente não sabe se cada um tem o mesmo preparo que a gente tem aqui”. Os participantes acreditam que é possível adoecer em virtude do consumo de alimentos contaminados, mas não como consequência de suas práticas laborais. A pandemia de COVID-19 exigiu a implementação de protocolos de cuidados sanitários, sendo a fonte de informação sobre a transmissão do vírus mais consultada as mídias sociais, evidenciando a carência de comunicação entre a Vigilância Sanitária e os restaurantes. Conclusão: A análise dos aspectos subjetivos que envolvem as práticas laborais de trabalhadores do setor de alimentação coletiva é importante enquanto estratégia que visa auxiliar na compreensão sobre a percepção de risco e o que é entendido como higiene de alimentos, para assim investir em ações educativas efetivas no que tange a ressignificação de conhecimentos, práticas e atitudes nos ambientes produtores de refeições.
Palavras-chave alimentação coletiva, COVID-19, cultura de segurança de alimentos.
Forma de apresentação..... Vídeo
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