“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16458

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marcos Bruno Silva Duarte
Orientador WAGNER CAMPOS OTONI
Outros membros Daniele Vidal Faria, Fábio Tebaldi Silveira Nogueira, Kleiton Lima de Godoy Machado, Lázara Aline Simões Silva
Título O módulo miR156/SPL promove alterações nos níveis de bixina em urucum (Bixa orellana L.)
Resumo O urucum (Bixa orellana L.) é um arbusto lenhoso cujo valor econômico da espécie está ligado ao apocarotenoide bixina, encontrado em todos os órgãos da planta. A bixina é o principal metabólito secundário da espécie, sendo um dos poucos corantes naturais de uso comercial, largamente utilizado em diversas indústrias. Não obstante de sua relevância, pouco se sabe sobre o desenvolvimento e fisiologia da espécie. O módulo miR156/SPL torna-se importante para a solução desta problemática, visto que o miR156 regula alvos como os fatores de transcrição SQUAMOSA Promoter-binding Protein-Like (SPLs), modulando a troca de fases, acoplando o crescimento e o desenvolvimento e a biossíntese de compostos secundários em diversas espécies. Isto posto, hipotetiza-se aqui que o módulo miR156/SPL altera a produção de bixina e que esta alteração se dá por mudanças no perfil hormonal em plantas de urucum. Para tal, foram utilizadas plantas não transformadas (NT), com quatro repetições, e duas linhas de plantas transgênicas que superexpressam miR156 (OE::156-1 e OE::156-4), com 8 repetições cada. As plantas foram aclimatizadas em casa de vegetação sob regime de rega diária. Todas as etapas seguiram as normas de biossegurança da CTNBio e CIBio/UFV. Para as mensurações do teor de bixina e de fitormônios das linhas NT e OE::156 foram realizadas coletas de oito folhas expandidas (terceira folha do ápice a base) de cada repetição, em plantas de 90 dias após a aclimatização. Foi utilizado LC-MS/MS para quantificação e identificação de fitormônios e bixina. Para a contagem dos canais de bixina, as faces abaxiais de três folhas expandidas de cada linhagem foram fotografadas em três porções das lâminas foliares: basal, mediana e distal, ao 180o dia. Todos os dados foram submetidos ao teste t de Student a 5%. Identificou-se a presença de ácido-3-indol-acético (AIA), Zeatina (ZEA), ácido giberélico (GA3), ácido jasmônico (AJ) e ácido salicílico (AS), etileno por ácido aminociclopropano-1-carboxílico (ACC) ácido abscísico (ABA) em todos os tratamentos; todavia, apenas para duas isoformas de Zeatina (ZEA-2-cis e ZEA-1-trans), GA3, AIA e ABA houve diferenças significativas. Onde AIA e ABA apresentaram-se em maiores teores em plantas OE::156. Todavia, o teor de bixina teve diminuição em plantas que superexpressam miR156 comparativamente às NT. Quanto aos canais de bixina, na parte basal foram observados o mesmo número de canais entre as os tratamentos. Contudo, nas regiões mediana e apical, menor número de canais foram obtidos em plantas OE::156. Dessa forma, plantas que superexpressam miR156 realocaram o carbono necessário para biossíntese de bixina e o direcionou a outras rotas metabólicas, possivelmente para a síntese de ABA, rota essa proveniente de carotenoides. Nas condições experimentais, evidencia-se que o módulo miR156/SPL pode alterar a biossíntese de diversos compostos, dentre eles a bixina.
Palavras-chave Bixina, miR156/SPL, perfil hormonal
Forma de apresentação..... Painel
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