“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16450

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ester de Paula Amaral
Orientador ERICA NASCIF RUFINO VIEIRA
Outros membros Gabriel Clementino Pereira, Laura Rodrigues Silveira, Nataly de Almeida Costa
Título Farinha de batata doce: uma nova alternativa para microencapsulação de probióticos
Resumo Os probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos, exercem efeitos benéficos à saúde do hospedeiro. Um dos grandes desafios dos alimentos funcionais com adição de probióticos é manter a viabilidade desses microrganismos, visto que fatores extrínsecos como algumas etapas do processamento de alimentos e a passagem pelo sistema gastrointestinal podem afetar a sua sobrevivência. Uma alternativa para minimizar esses danos é a técnica de microencapsulação, onde um componente sensível é revestido por uma membrana, também denominada material de parede. Nota-se que pesquisas estão sendo realizadas visando encontrar novos materiais de paredes, uma dessas alternativas são os vegetais visto que são bons veículos para transportar bactérias probióticas. Dentre os vegetais, a batata-doce (Ipomoea batatas L.) se tornou um tópico de pesquisa em alta nos últimos anos devido às suas propriedades nutricionais e funcionais. Diante disso, essa pesquisa teve como objetivo desenvolver micropartículas contendo farinha de batata doce como material de parede para microencapsular Lactiplantibacillus plantarum. Duas micropartículas foram desenvolvidas, sendo elas: micropartícula A composta por 12 % de maltodextrina, 1 % de alginato, 0,5 % de pectina, 6,5 % de farinha de batata doce; e micropartícula B, composta por 14 % de maltodextrina, 1 % de alginato, 0,5 % de ágar-ágar, 2 % de farinha de batata doce. As soluções encapsulantes foram secas em Spray Dryer de bancada a 130 °C. A resistência térmica das micropartículas foi avaliada quando submetida à condição térmica de 80 °C por 2 minutos. Para a avaliação da resistência à ruptura, utilizou-se a solução tampão PBS (100 mM, pH 7,4) e solução salina a 0,5% (mv -1) pH 2,0 contendo 3 mg.mL-1 de pepsina. Em seguida, 0,1 g da amostra foi ressuspensa em 1 mL de cada solução, misturada em vórtice e mantida em um agitador a 150 rpm a 37 °C por 120 min. Para ambos os testes, as células viáveis foram contadas usando o método de contagem de placas. As micropartículas desenvolvidas apresentaram alta eficiência de encapsulação, sendo 103,26% e 108,73% para a A e B, respectivamente. Como esperado, o processo de microencapsulação permitiu a sobrevivência dos microrganismos probióticos durante etapas de processamento como tratamento térmico. Quanto a resistência térmica, houve uma redução de 1,74 Log UFC/g e 1,77 Log UFC/g, isso equivale a uma taxa de sobrevivência de 78,87% e 79,69% para as microcápsulas A e B, respectivamente. Após o teste de ruptura, houve redução de 1,59 Log UFC/g e 2,33 Log UFC/g para as microcápsulas A e B. Com isso, observa-se que a farinha de batata doce foi um bom material de parede para microencapsular L. plantarum pela técnica de Spray dryer, pois as micropartículas desenvolvidas apresentaram boa resistência térmica e boa resistência ao pH ácido podendo ser considerado como uma opção de material de parede de baixo custo e alta disponibilidade.
Palavras-chave Probióticos, Batata doce, Microencapsulação
Forma de apresentação..... Vídeo
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