Resumo |
A Troca de Saberes é um evento que faz parte das ações do Núcleo de Educação do Campo e Agroecologia (ECOA) da Universidade Federal de Viçosa e promove a diversidade de saberes ao reunir agricultores/as, povos tradicionais, estudantes, organizações e movimentos sociais envolvidos em experiências agroecológicas. Dentre os objetivos do projeto de extensão "Ecoa em teia: articulação da rede de Agroecologia na zona da Mata Mineira", apoiado pela emenda parlamentar do Deputado Padre João, destaca-se a organização, mobilização, efetivação e divulgação da Troca de Saberes - que acontece a cerca de 13 anos na Universidade Federal de Viçosa, juntamente à Semana do Fazendeiro. Tem, como base estrutural, a consolidação de um espaço de luta e confluência que viabiliza o compartilhamento e a diversidade. Para a construção deste evento realizam-se encontros semanais para planejar e promover atividades formativas a partir de metodologias participativas; organiza-se o cronograma das reuniões coletivas; urgências a serem resolvidas e sistematização das demais atividades. Os encontros coletivos são mediados, harmonizados, conduzidos e realizados pela equipe do projeto em conjunto com os demais participantes e com o ECOA. Para consolidar a realização do evento, promoveram-se atividades formativas intituladas "Papo que Ecoa" que se expressam como um espaço aberto para discussões temáticas que incidem na construção do evento articulando extensão-ensino-pesquisa. A “troca” têm se mostrado um evento de suma relevância ao auxiliar no desenvolvimento de habilidades e compartilhamento do espaço como formulador de identidade e de reafirmação de lutas sociais. Além disso, como evento de visibilidade que tece uma corrente ideológica em prol das lutas e necessidades sociais, das resistências e da importância de ampliação de direitos, seu caráter formativo está diretamente ligado a uma ação interdisciplinar e pedagógica que possibilita uma conexão efetiva entre universidade e sociedade, a partir de seu caráter expansionista reconhecendo as diferenças e transformando-as em mecanismos de aprendizagem e não de desigualdade. Em termos de adesão as adversidades presentes na sistematização das atividades e com as transformações sociais decorrentes da pandemia por covid-19, a estruturação da “troca” tem possibilitado uma percepção quanto a importância de ocupação dos espaços e de fazer com que eles também sejam mobilizadores de cura e pertencimento que permite uma compreensão pratica sobre a importância da atuação em comunidade, da compreensão das nossas afetações e humanidades. Por fim, o projeto vem conseguindo sistematizar as atividades, documentando-as a partir de relatorias e aplicação de metodologias participativas, assim como tem se colocado em ação ativa, a partir da mobilização, comunicação, estruturação e realização das atividades. |