“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16430

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Juliana Guimarães Vieira
Orientador CLEBERSON RIBEIRO
Outros membros Allan de Marcos Lapaz, Camila Hatsu Pereira Yoshida, Clayton de Souza Ferreira
Título Papel mitigador do selênio em folhas de soja com deficiência de ferro
Resumo O ferro (Fe) é o segundo metal mais abundante na crosta terrestre. Todavia, em solos aerados predomina o Fe3+, cuja solubilidade em água é baixa. Além disso, em solos com pH neutro ou alcalino, a disponibilidade de Fe para a absorção radicular é limitada. Por isso, não é raro a deficiência por Fe em plantas. Nos vegetais, o Fe é constituinte dos complexos proteicos da cadeia transportadora de elétrons. Portanto, sob escassez de Fe, o fluxo de elétrons é prejudicado, culminando na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Adicionalmente, o Fe é cofator de enzimas da maquinaria antioxidante, como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX). Logo, para evitar o acúmulo de EROs mediado pela deficiência de Fe, a célula ativa mecanismos de defesa contra o estresse oxidativo, como o conjunto dos metabólitos ascorbato (AsA) e glutationa (GSH). Nesse contexto, o selênio (Se), apesar de não ser um nutriente essencial, é capaz de modular a atividade das enzimas do Ciclo AsA-GSH. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do Se sobre o metabolismo antioxidante de plantas de soja submetidas à deficiência por Fe. Para tal, experimentos foram desenvolvidos em condições controladas em casa de crescimento na Universidade Federal de Viçosa. Inicialmente, sementes de soja da cultivar ‘Raio’ foram germinadas em papel Germitest. Após sete dias, as plântulas foram transferidas para o cultivo hidropônico em solução de Clark meia força (pH 6,0). No décimo dia, a solução foi substituída por Clark força total (pH 6,0). Na mesma ocasião, foi adicionado 10 µM de Se em metade dos vasos, na forma de Na2SeO4. A partir do estádio fenológico V1, as plântulas foram cultivadas sob três concentrações de Fe: ausência (0 µM), insuficiência (10 µM) e suficiência (45 µM), sempre associadas a presença ou não de Se. Quando as plantas alcançaram o estádio V3, o trifólio totalmente expandido mais jovem foi coletado. Após as análises laboratoriais, os efeitos do Se sobre o metabolismo antioxidante foram elucidados. As plântulas cultivadas sob ausência e insuficiência de Fe combinadas com a ausência de Se exibiram os maiores conteúdos de AsA, demostrando que esta via é ativada pelo acúmulo de EROs induzido pela deficiência de Fe. Em contrapartida, o fornecimento de Se sob ausência de Fe reduziu o conteúdo de AsA, o que pode ser vantajoso para as plantas, pois APX tem o Fe como cofator. Além disso, a GSH também foi modulada pelo fornecimento de Se, mostrando ser a principal via de decomposição do H2O2. Na ausência de Fe, os maiores conteúdos de GSH foram observados sob suprimento de Se. Nessas condições, a ação da glutationa redutase (GR) resultou em menor conteúdo de glutationa oxidada (GSSG). Ademais, na presença de Se e na ausência de Fe, o conteúdo de H2O2 foi menor ao da ausência de Se e de Fe e não diferiu do controle (+Se e +Fe). Logo, o Se modula o Ciclo AsA-GSH, contribuindo para mitigar os danos gerados pela deficiência de Fe em soja.
Palavras-chave ascorbato, espécies reativas de oxigênio, glutationa
Forma de apresentação..... Vídeo
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