“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16407

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Davi Vittorazzi Salvador
Orientador ERNANDES RODRIGUES DE ALENCAR
Outros membros Eugénio da Piedade Edmundo Sitoe, LEDA RITA DANTONINO FARONI, Marcus Vinícius de Assis Silva
Título Aplicação do gás ozônio em grãos de feijão: processo de saturação, inativação de Aspergillus flavus e qualidade.
Resumo A espécie de fungo Aspergillus flavus é importante durante o armazenamento de grãos, inclusive de feijão, sendo o seu controle fundamental para evitar perdas qualitativas e quantitativas. O gás ozônio (O3) tem se destacado como alternativa aos fungicidas sintéticos para o controle de microrganismos em produtos armazenados. Neste sentido, objetivou-se com este trabalho (i) caracterizar o processo de saturação do O3 em diferentes vazões específicas em grãos de feijão vermelho; (ii) determinar a eficácia do ozônio na inativação de Aspergillus flavus e (iii) avaliar a qualidade dos grãos ozonizados. Para aplicação do O3, amostras de 3,0 kg de grãos foram acondicionadas em protótipo cilíndrico de PVC (0,20 m de diâmetro e 0,20 m de altura), dotado de tela metálica localizada a 0,05 m da base do protótipo. A concentração de entrada do O3 foi de 10 mg L-1, adotando-se vazões especificas de 0,3 e 1,0 m3 min-1 t-1 e tempos de exposição de 0, 5, 10, 20 e 30 h. O tratamento controle foi realizado utilizando-se oxigênio. O ozônio foi aplicado na base do protótipo, sendo a concentração residual quantificada na saída da massa de grãos. A concentração residual do gás foi determinada em intervalos regulares até que permanecesse constante. Determinaram-se o tempo de saturação e a concentração de saturação. Para determinar a eficácia do O3 na inativação de A. flavus, os grãos previamente inoculados, foram dispostos em gaiolas de plástico envoltas por organza e dispostas no topo da massa de grãos. Quantificou-se o percentual de grãos infectados por A. flavus pelo método de plaqueamento direto. Na avaliação da qualidade, consideraram-se o teor de água, a diferença de cor, tonalidade de cor e saturação de cor dos grãos. Para a vazão específica de 0,3 m3 min-1 t-1, o tempo de saturação e a concentração de saturação do ozônio na massa de grãos foram de 19,43 min e 7,10 mg L-1, respectivamente. Para a vazão vazão específica de 1,0 m3 min-1 t-1, obtiveram-se valores iguais a 16,79 min e 7,14 mg L-1, para tempo de saturação e a concentração de saturação do ozônio, respectivamente. No que se refere ao controle de A. flavus nos grãos pelo ozônio, obtiveram-se reduções nos percentuais de infecção de 0,0; 10,0; 34,8 e 48,2%, para vazão específica de 0,3 m3 min-1 t-1 e tempos de exposição de 5, 10, 20 e 30 h, respectivamente. Por outro lado, para a vazão específica de 1,0 m3 min-1 t-1, as reduções nos percentuais de infecção foram iguais a 25,0; 13,3; 26,7 e 32,1%, quando adotados tempos de exposição de 5, 10, 20 e 30 h, respectivamente. Houve tendência de redução no teor de água dos grãos quando adotada a vazão específica de 1,0 m3 min-1 t-1. O ozônio não alterou a cor dos grãos. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que o ozônio é capaz de reduzir o percentual de infecção por A. flavus em grãos de feijão, sem alterar a qualidade do produto.
Palavras-chave Ozonização, Phaseolus vulgaris L., Controle de fungos
Forma de apresentação..... Painel
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