“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16391

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabrielle Fialho Abranches
Orientador BENEDITO ROCHA VITAL
Outros membros Amanda Romagnia de Oliveira, Bruna Duque Guirardi, Êmilly Wakim de Almeida, Letícia Costa Peres
Título Caracterização do carvão vegetal de sabugo Zea mays para cocção de alimentos.
Resumo Mormente, grande parte da população ainda é dependente do carvão vegetal ou da lenha para cocção no Brasil. No ano de 2021, 26,1% da energia do setor residencial foi oriunda de lenha, enquanto 22,9% de GLP e 45,4% de eletricidade. Entretanto, grande parte do carvão vegetal é produzido principalmente do gênero Eucalyptus, sendo em maior cujo consumo está aumentando gradativamente a cada ano, podendo causar um déficit em outros setores, como por exemplo na cocção. Logo, o objetivo desse estudo foi verificar a viabilidade técnica da utilização do sabugo de milho, que é um resíduo agrícola, como biomassa alternativa para fins energéticos na cocção de alimentos. No estudo foi utilizado o sabugo de milho, repartido em pedaços de aproximadamente 5 centímetros na transversal para a execução do experimento. A carbonização foi realizada em uma mufla de laboratório. As amostras repartidas do milho foram colocadas em um reator cilíndrico de metal com volume de 0,003 m3. A carbonização teve temperatura inicial de 100 °C e final de 300°C, com tempo de carbonização de 3 horas. Para as análises do sabugo de milho e carvão vegetal do sabugo de milho, aplicou-se a estatística descritiva para obter o desvio padrão e média geral dos dados. A priori, foi feita a análise química imediata dos materiais, a fim de se obter o teor de cinzas, materiais voláteis e carbono fixo presentes no sabugo de milho in natura e carbonizado. O material in natura teve um valor médio de 81,24% para materiais voláteis com desvio padrão de 0,17, e 1,21% de cinzas e desvio padrão de 0,03, por fim, 17,55% de carbono fixo com desvio padrão de 0,14. A densidade básica do sabugo de milho in natura teve uma média de 0,270 g.cm-3 com desvio padrão de 0,03 e seu poder calorifico superior foi de 4.491,5 Kcal.Kg-1. O rendimento gravimétrico da carbonização foi de 30,83%. Outrossim, as médias obtidas na análise química imediata do carvão vegetal de espiga de milho foi 40,62% o teor de voláteis, com desvio padrão de 0,24, 2,68% o teor de cinzas com desvio padrão de 0,03 e 56,70% o teor de carbono fixo com desvio padrão de 0,21. A friabilidade teve um valor média de 23,54% com desvio padrão de 9,12, a densidade aparente 249,54 Kg.m-3 com desvio padrão de 0,01 e o poder calorífico superior 6.215 Kcal.Kg-1. Em síntese, para suprir o déficit no setor de cocção no Brasil, pode-se utilizar formas energéticas alternativas, com maior biomassa em menor tempo de crescimento, agregando valor a um resíduo e a diminuição de sobrecarga em torno das florestas plantadas de Eucalyptus e nativas. São necessários mais estudos, principalmente para aprimorar o processo de carbonização das biomassas alternativas. Para o sabugo de milho, sugere-se realizar novas carbonizações com maior temperatura final e maior tempo de residência.
Palavras-chave Cocção, sabugo, carbonização.
Forma de apresentação..... Painel
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