“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16389

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação física
Setor Departamento de Educação Física
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor VINÍCIUS TORRES CAPOBIANGO
Orientador DOIARA SILVA DOS SANTOS
Título Punições a casos de injúria racial em estádios brasileiros
Resumo O presente estudo irá analisar e discutir punições a casos de racismo/injúria racial ocorridos em estádios brasileiros. Na literatura acadêmica sobre o futebol masculino algumas análises investigam questões étnico-raciais de modo abrangente, sem especificar exatamente casos e suas punições. Assim, ao focalizar a discussão sobre as punições decorrentes de casos de racismo em estádios brasileiros como temática da investigação, este estudo busca contribuir para a literatura na área, a fim de discutir um tema que continua urgente no mundo social. A pesquisa é qualitativa e descritiva. Foram selecionados quatro casos para esta análise, são eles: o de Edinaldo Batista Libânio (Grafite), que ocorreu em 2005; o de Mário Lúcio Duarte Costa (Aranha), que ocorreu em 2014, o de Danilo das Neves Pinheiro (Tchê Tchê) que ocorreu em 2018 e de Celso Luís Honorato Júnior (Celsinho) que aconteceu em 2021. A principal fonte para acessar os acontecimentos sobre os casos foi o repositório de informações e documentos digitais compilados pelo denominado Observatório da Discriminação Racial no Futebol. As notícias e informações foram catalogadas em uma ficha de que continha a descrição do acontecimento, notícias de mídia sobre os desfechos e/ou punições. Os casos analisados tiveram punições consideradas brandas. O caso “Grafite” teve apenas multa no valor de 10 mil reais a Desábato (também jogador). No caso “Tchê-Tchê” o infrator ficou impedido de frequentar o estádio por 720 dias, e o clube Athletico Paranaense foi multado em 20 mil reais destinados a campanhas contra o racismo; No caso do jogador “Celsinho”, o infrator recebeu multa de 30 mil reais e suspensão por 360 dias, além de que o Brusque (equipe dos infratores) pagou multa de 60 mil reais e perda de um mando de campo. No caso do goleiro “Aranha”, o clube Grêmio foi condenado à perda de três pontos. Como o time foi derrotado no primeiro jogo em que o episódio ocorreu, o Grêmio foi eliminado da competição, além da multa de cinquenta mil reais por causa da injúria racial de um grupo de torcedores infratores. Os infratores identificados não poderiam frequentar jogos brasileiros ao longo 720 dias e, além disso, os réus deveriam se apresentar a uma delegacia sempre que o Grêmio jogasse, meia hora antes do jogo e saindo apenas meia hora depois que o jogo acabasse. Esta punição difere das demais por ter havido uma grande repercussão no ano de Copa do Mundo no Brasil, sensibilizando respostas ao problema, sobretudo, das instituições esportivas. As punições brandas não coibem os casos de injúria racial, que continuam acontecendo no mundo do futebol.
Palavras-chave injúria racial, punição, futebol
Forma de apresentação..... Vídeo
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