“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16377

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Kissyla Vitória Reis Vitalino
Orientador TIAGO ANTONIO DE OLIVEIRA MENDES
Outros membros DEUSANILDE DE JESUS SILVA, Graziela dos Santos Paulino, Júlia Santos Pereira
Título Produção de Bioplásticos de Metil-Celulose reforçados com Nanocristais de Celulose de Café como matriz de liberação de antibióticos
Resumo Os plásticos convencionais são derivados do petróleo, são não-renováveis e com decomposição lenta. Além disso, libera compostos tóxicos, tais como, plastificantes, aditivos e microplásticos. Esses compostos sofrem bioacumulação e são tóxicos para todos os organismos. Uma solução para essas questões são os bioplásticos, que em sua maioria são fabricados a partir de moléculas biodegradáveis, como a celulose. O objetivo desse trabalho foi desenvolver um bioplástico de metil-celulose reforçado com nanocristais de celulose de grãos de café de baixa qualidade com capacidade de liberação lenta de antibióticos para uso médico e como embalagem para conservação de alimentos. Os nanocristais de celulose foram produzidos a partir de grãos de café de baixa qualidade não indicados para produção de bebidas (café verde e café boia). Os grãos foram moídos e clarificados com uma solução de NaOH/H2O2 e hidrolisados com H2SO4 a 65% m/v, resultando em uma suspensão de nanocristais de celulose. Os bioplásticos de metil-celulose com e sem nanocristais foram produzidos pelo método de casting a partir de uma solução 5%m/v de metil-celulose, acrescida de 40%m/m de glicerol e 50ul de Tween 80. Uma concentração de 0,72mg/mL de ampicilina foi adicionada aos bioplásticos, em seguida, esses foram submetidos a inoculação com Escherichia coli BL 21 a 37°C por 24h e o número de UFC/cm2 foi avaliada. Os nanocristais de celulose, bem como, os bioplásticos foram submetidos a caracterizações por Infravermelho (IV), Microscopia de Força atômica (AFM), Termogravimetria (TGA), Resistência a tração, Colorimetria (RT), Potencial Zeta (ZP) e Cromatografia liquida de Alta Eficiência (HPLC). O rendimento dos nanocristais de celulose foi de 77% e sua distribuição de tamanho foi 28-100nm de comprimento. O indicie de cristalinidade dos nanocristais foi de 68% sendo considerada semicristalina, o espectro de IV apresentou picos compatíveis com amostras de celulose e o HPLC confirmou a presença de unidades monomérica de celulose nos nanocristais. A solução de nanocristais de celulose produzida possui estabilidade em pH=7 com módulo de 22, 7mV. Os bioplásticos de metil-celulose puro e metil-celulose/nanocristais apresentaram boa resistência a tração com módulo de Young de 3%, sendo que os bioplásticos contendo nanocristais de celulose de café apresentaram maior resistência a degradação térmica, cerca de 20% a mais que os bioplásticos sem nanocristais de celulose. Todos os bioplásticos foram capazes de diminuir o número de UFC/cm2 de E.Coli, sendo que a presença de nanocristais aumentou o tempo de liberação de ampicilina, ou seja, liberou de forma mais lenta quando comparado ao bioplástico sem nanocristais de celulose. Portanto, esses filmes biodegradáveis e solúveis em água são promissores no uso como dispositivos biomédicos, por exemplo, usados como curativos no tratamento de feridas e queimaduras. Além disso, podem ser usados como embalagens biodegradáveis para alimentos com baixa umidade.
Palavras-chave Nanocristais, café, antibióticos
Forma de apresentação..... Painel
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