“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16375

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Camila de Souza Vieira
Orientador MARCOS ROGERIO TOTOLA
Outros membros ALEX GAZOLLA DE CASTRO
Título Tolerância ao cloreto de sódio por bactérias da Ilha da Trindade ~~~~
Resumo Microrganismos halófilos e halotolerantes possuem aplicações nas mais diversas áreas, como na agricultura, na biotecnologia e em estudos voltados à astrobiologia. Conhecer as concentrações ótimas e limitantes de NaCl no cultivo desses microrganismos, juntamente com os mecanismos de adaptação envolvidos na tolerância a altas concentrações salinas, é de grande importância, visto que estes podem ser utilizados para auxiliar no crescimento de plantas em locais com baixa disponibilidade de água e servir como modelo de organismos extremófilos que eventualmente poderiam habitar outros mundos como Marte, Europa e Enceladus. O presente trabalho visa conhecer, por meio da taxa específica de crescimento, as concentrações mínimas e máximas de NaCl nas quais 25 microrganismos coletados na Ilha da Trindade (ES) são capazes de crescer. Os microrganismos utilizados pertencem à coleção de cultura do Laboratório de Biotecnologia e Biodiversidade para o Meio Ambiente e foram isolados de solos rizosféricos de Bulbostylis nesiotis e Cyperus atlanticus na Ilha da Trindade. Para avaliar a tolerância ao NaCl, os microrganismos foram inoculados em microplacas de 96 poços contendo Caldo Triptona de Soja (TSB) nas concentrações de 0, 40, 80, 120, 160 e 200 g/L de NaCl e incubados na leitora de microplacas Power Wave XS- BioTek a 30°C com agitação de 5 segundos a cada leitura. A incubação foi de 72 horas com leitura da densidade óptica a cada 30 minutos. Os valores de DO600 obtidos foram normalizados por meio de função logaritmo (base 10) e a taxa de crescimento específica foi determinada por meio da regressão linear (log10(DO600) x tempo (horas)). A maioria dos microrganismos cresceu até a concentração de 120 g/L de NaCl, com uma fase lag longa nessa concentração máxima, apresentando a taxa de crescimento específica na ausência de NaCl, comportamento esperado para organismos halotolerantes. Contudo, os microrganismos 12%-S1B8, 12%-S1C6, 18%-S2B7, 18%-S2C4 e 18%-S2C6 cresceram até a concentração de 160 g/L de NaCl, sendo que o isolado 12%-S1B8 apresentou uma fase lag curta a 120 g/L de NaCl, necessitando de pouco tempo para se adaptar ao meio. Além disso, 12%-S1B8, 23%-S2C4 e 23%-S2C5 apresentaram taxa de crescimento específico máxima a 120 g/L de NaCl, o que caracteriza esse isolado como um halófilo. Conclui-se que a maior parte das bactérias isoladas de solo rizosférico de B. nesiotis e C. atlanticus presentes na Ilha da Trindade em meio de cultura salino é halotolerante, e uma pequena parcela dos isolados é halófila. Os mecanismos de adaptação desses isolados a elevadas concentrações de NaCl estão sendo avaliados, bem como seu potencial para aliviar o estresse hídrico de plantas cultivadas em condições de escassez de água no solo.
Palavras-chave Halófilos, Solo, Astrobiologia
Forma de apresentação..... Painel
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