“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16372

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Samira Santos Macedo
Orientador EDSON SOARES FIALHO
Outros membros Gabriela Rodrigues da Silva
Título O uso da fotografia no ensino de geografia, em tempos remotos
Resumo A situação pandêmica instaurada em 2020, fez com que o estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estadual de Educação, decretasse a suspensão das aulas em março de 2020, o que vigorou até o segundo semestre de 2021, posto que as escolas públicas passaram a operar em caráter híbrido e, mais tarde, de forma presencial. Sendo assim, na E.E José Lourenço de Freitas, buscou-se suplementar o ensino e a aprendizagem dos estudantes através de projetos extracurriculares, a exemplo do Concurso de Fotografias “Em Casa”. Infere-se que o referido buscava revelar a realidade cotidiana, levando em consideração um espaço apropriado e conhecido pelos discentes, ou seja, o espaço doméstico. Posto isto, as 108 fotografias angariadas foram organizadas na página do instagram “PIBID-UFV Geografia”, de modo que fizeram-se corriqueiras o enquadramento do céu em diferentes momentos do dia, fotos de atividades domésticas, animais, membros da família, plantas e dos próprios alunos, o que faz com que imaginemos que acabaram por gravar o que consideram verdadeiramente belo, denominando-os de “paisagem” e “natureza” no processo, ou importantes para sua constituição enquanto seres pensantes. Além disso, a maior parte das descrições foram sucintas e não trouxeram impressões suficientes para explicar o porquê de determinada fotografia ter sido capturada pelo estudante, de modo que frustrou-se as expectativas dos envolvidos no projeto, afinal, esperava-se que os alunos tivessem analisado e discutido cada uma das fotografias com menos parcimônia, ou seja, que tivessem ultrapassado a barreira do visível, debruçando-se também sobre os aspectos invisíveis da fotografia, provocando maiores indagações naqueles que lêem o produto final. A fim de que se explique, trata-se que, um discente do sexto ano, fotografou uma orquídea, detentora de um vaso próprio, e espécies vegetais selvagens em seus arredores, contudo, denominando todo conjunto enquanto “Natureza”. A partir da análise da imagem e de sua legenda, é factível que o estudante interprete tudo o que é "verde" enquanto natureza ou que despreze todo o cenário no entorno e esteja denominando o que é agradável aos olhos (flor) de “Natureza”, assim, o fotógrafo acabou por economizar as palavras no processo de abordar suas ideias e sentimentos, fazendo com que a foto se tornasse apenas esteticamente agradável e com pouco significado para aquele que a vislumbra. Nesse contexto, têm-se a consciência de que a professora regente e os bolsistas poderiam ter feito um trabalho mais robusto quanto ao desenvolvimento da percepção, de modo a incentivar o exercício da interpretação e da análise da importância intrínseca à disposição dos objetos físicos e humanos no espaço geográfico. Por fim, ratifica-se que, apesar do aproveitamento incipiente, o projeto se fez valioso, pois trouxe o estudante como centro das atividades pedagógicas e seu ambiente de vida como conteúdo de ensino, galgando-se em uma educação mais regional e questionadora.
Palavras-chave Ensino, Geografia Física, Fotografia
Forma de apresentação..... Vídeo
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