“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16346

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor João Pedro Fonseca do Amaral
Orientador CLAUDIO MUDADU SILVA
Outros membros Gustavo Damasceno Silva
Título Tratamento terciário de efluente de indústria de polpa celulósica com carvão ativado a partir de lignina kraft
Resumo Na indústria de polpa celulósica, a lignina, um dos principais constituintes da madeira, é
majoritariamente removida na etapa de digestão, gerando como efluente de saída o licor
negro. A lignina presente no licor negro pode ser isolada após passar por etapas de
evaporação e por precipitação pelo processo Lignoboost. Atualmente, a lignina é queimada
juntamente aos demais compostos do licor, sendo utilizada para geração de energia em
caldeiras. Porém, existe hoje uma maior tendência a extração da lignina, tendo em vista a
possibilidade de obtenção de produtos de maior valor agregado, como carvão ativado. Uma
das aplicações de carvão ativado na indústria celulósica é o tratamento terciário de efluentes
industriais para remoção de cor e Demanda Química de Oxigênio (DQO) e fósforo total. A
partir de lignina kraft fornecida por uma empresa brasileira, foi realizada a carbonização em
bateladas, em mufla a temperatura inicial de 100°C com aumento gradativo de 50°C a cada 30
minutos até que se atingisse 450°C, mantendo a temperatura constante por 1 hora. O carvão
obtido teve sua granulometria reduzida para mesh 100 previamente a sua ativação com NaOH
em proporção 1:3 (carvão:ativante). A etapa de ativação ocorreu em forno mufla a
temperatura inicial de 100°C, com aumento gradual de 5 a 10 graus por minuto até que se
atingisse 700°C, mantendo a temperatura constante por 1 hora. O carvão ativado obtido foi
lavado com água destilada e solução de HCl 0,1M até que se atingisse pH 7. Obtido o carvão
ativado neutro, este passou por outra etapa de redução de granulometria até mesh 100. Testes
para avaliar a capacidade do carvão em remover cor, DQO e fósforo de um efluente tratado,
fornecido por outra fábrica de polpa, estão sendo realizados. Além disso, curvas de cinética e
isotermas de adsorção do carvão estão sendo confeccionadas. Os mesmos testes foram
repetidos com carvão ativado comercial para que os resultados pudessem ser comparados. Os
testes de adsorção são realizados em batelada, com 100 mL de efluente tratado em agitação
com certa quantidade de carvão num shaker orbital. Nos ensaios para a cinética emprega-se
uma massa de carvão fixa e varia-se o tempo de exposição. Para a isoterma, varia-se a massa
de carvão e o tempo de agitação deve ser o suficiente para se atingir o equilíbrio. As análises
de cor são baseadas no método colorimétrico que usa como curva de calibração soluções de
platina e cobalto. A DQO é mensurada pelo método de refluxo fechado, no qual há digestão
ácida e com dicromato de potássio por duas horas. O fósforo total é quantificado também por
método espectrofotométrico. Até o momento, verificou-se remoções de até 88% de fósforo do
efluente e 56% de DQO, e as análises de cor ainda não mostraram resultados satisfatórios.
Palavras-chave Carvão ativado, lignina, efluente
Forma de apresentação..... Painel
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