“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16345

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Inorgânica
Setor Departamento de Química
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Derick de Oliveira Fraga
Orientador GARBAS ANACLETO DOS SANTOS JUNIOR
Outros membros Maria Eduarda Pereira Corrêa
Título Avaliação do efeito da substituição parcial de Mn por Ni em MnHCF: estudo estrutural e eletroquímico
Resumo Atualmente o lítio tem sido amplamente utilizado na produção de baterias e supercapacitores.
Desta maneira, inúmeros materiais vêm sendo aplicados como ânodo ou cátodo nestes
dispositivos. Uma classe de materiais que tem se mostrado promissores são os análogos ao
Azul da Prússia, devido sua versatilidade (pode ser aplicado como ambos os eletrodos), custo
dos precursores, além da facilidade de síntese. Este trabalho tem como objetivo a síntese do
Azul da Prússia de Mn (MnHCF) e a avaliação estrutural e eletroquímica, a partir da
substituição parcial de Mn por Ni, Kx Niy Mn1−y [Fe(CN)6]. Como o MnHCF não apresenta uma
atividade eletroquímica satisfatória para a aplicação em dispositivos eletroquímicos, devido às
distorções do tipo Jahn Teller (Mn3+) e lixiviação, é esperado que a inserção de Ni na estrutura
melhore sua estabilidade estrutural e consequentemente, seu desempenho eletroquímico. Os
materiais foram sintetizados pelo processo de co-precipitação, partindo de sais dos metais (Ni2+ e Mn2+) e de K3[Fe(CN)6] em solução aquosa. Foram testadas as substituições de 10 e 20%
(razão molar) de Mn por Ni. Através da técnica de FTIR constatou-se que houve a formação do
material, evidenciado principalmente pelas bandas características do estiramento de -C≡N
composta por dois picos na faixa de ~2065 cm-1 a ~2150 cm-1 , o pico evidente na faixa de ~590
cm-1 correspondente a ligação Fe-C, o outro na faixa de 490 cm -1 correspondente à ligação Fe-
CN-Mn (nas espécies com níquel esse estiramento também se refere às ligações Fe-CN-Ni).
Através da técnica de DRX constatou-se que o material sintetizado tem estrutura cúbica. Pela
técnica de voltametria cíclica conseguiu-se analisar as propriedades eletroquímicas do
material, sendo observado um pico no gráfico em torno de 0,2 a 0,6 V vs. Ag/AgCl, referente
ao processo de Fe2+/Fe3+, que se divide devido a presença de K na estrutura. Outro pico notável
é na faixa de aproximadamente 0.8 a 1 V vs Ag/AgCl correspondente a conversão de
Mn2+ /Mn3+, notando-se um aumento na corrente anódica e catódica com a crescente adição de
Ni na estrutura do material. Outra comprovação da melhora no desempenho eletroquímico
dos materiais pela adição de Ni, se dá pelo aumento na área dos voltamogramas (1 mV s-1),
sendo que, do MnHCF para o 10% de Ni houve um aumento de 134%, enquanto que o
aumento para o 20% de Ni foi de 170%. Comparando as substituições de 10 e 20%, teve-se um
aumento de 127% em área. Esse aumento de área é o maior indicador da melhora
eletroquímica, já que indica a quantidade de carga armazenada no material. Por fim, através
dos resultados obtidos conseguiu-se constatar que houve de fato a formação do material
desejado, e que baixas concentrações de Ni, permitiram a melhora no desempenho
eletroquímico do material, mantendo assim o baixo custo de produção.
Palavras-chave Azul da Prússia, manganês, supercapacitor
Forma de apresentação..... Vídeo
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