“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16339

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Vinicius Silva Nicolau
Orientador LEONARDO ESTEVES LOPES
Título A influência do clima na predação de ninhos de uma ave canora tropical
Resumo Embora a predação seja a causa predominante nas falhas dos ninhos em passeriformes, a maior parte das pesquisas relativas à predação dos ninhos centra-se no comportamento das espécies de presas e nas estratégias para evitar predadores, tais como a defesa e a ocultação dos ninhos. Contudo, os trabalhos relativos à influência de diferentes fatores abióticos, tais como variáveis meteorológicas e os seus efeitos nos eventos de predação dos ninhos, são escassos. As condições meteorológicas (ou seja, chuva, temperatura, vento e umidade) podem influenciar a predação, reduzindo ou amplificando pistas químicas, visuais e olfativas. Além disso, podem também alterar os níveis de atividade dos predadores e presas. Neste estudo, investiguei a influência do clima na predação dos ninhos de uma população de uma ave canora tropical, o bigodinho (Sporophila lineola), em Florestal – Minas Gerais, onde a predação é responsável por mais de 50% das falhas nos ninhos. A área de estudo foi o Campus da Universidade Federal de Viçosa, que possui uma abundância de potenciais predadores de ninhos, incluindo numerosas espécies de aves, mamíferos, répteis, e até artrópodes. Para testar o efeito das variáveis climáticas (temperatura, precipitação, velocidade do vento e umidade) sobre a probabilidade de predação dos ninhos (n = 426), considerei os dados coletados ao longo de sete estações reprodutivas (2014-2021). A análise dos dados levou em conta as informações a respeito da sobrevivência diária dos ninhos (ou seja, “predado” ou “não predado”) correlacionando-as à média diária da temperatura, velocidade do vento e umidade, além do total diário da precipitação. No entanto, não encontrei uma relação significativa entre as variáveis climáticas supracitadas em relação à probabilidade de predação dos ninhos durante o período estudado. A temperatura média (p = 0,0672), precipitação total (p = 0,0674), e velocidade média do vento (p = 0,0968) tiveram apenas valores marginalmente significativos. Os meus resultados sugerem que as variáveis climáticas exercem um pequeno impacto direto nos eventos de predação dos ninhos. Isso é possível porque diferentes predadores usam diversos mecanismos de busca para localizar suas presas e, portanto, não dependem de apenas um tipo de pista sensorial para encontrá-las. Além disso, as condições que facilitam a predação dos ninhos parecem ocorrer indistintamente ao longo de toda a estação reprodutiva. Se o clima impõe quaisquer adversidades à predação, estas são transitórias, e a resolução dos dados aqui utilizados não as consegue detectar.
Palavras-chave Predação de ninhos, aves tropicais, clima.
Forma de apresentação..... Vídeo
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