Resumo |
Introdução: O vitiligo se caracteriza pela despigmentação da pele, que causa o aparecimento de máculas brancas ao redor do corpo, devido à ausência de melanina, consequência do desaparecimento de melanócitos na área afetada pela doença. Tem origem idiopática, acomete ambos os sexos, raças e idades, e configura-se como uma dermatose que não afeta a integridade do paciente, entretanto, modifica sua estética. Existem teorias distintas na literatura para tentar explicar a origem do vitiligo, sendo a visão da Nova Medicina Germânica (NMG) a base científica que evidencia a correlação sintomas-emoções. Objetivo: Descrever a correlação sintomas-emoções relacionadas ao vitiligo, segundo a NMG. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada no site “Learning GNM” e na base de dados Scholar Google, utilizando-se as palavras vitiligo, emoções, saúde mental. Foram incluídas as publicações do tipo artigo, publicadas nos últimos 10 anos, nos idiomas português e inglês. Resultados: A análise dos estudos evidenciou que o vitiligo corresponde a uma resposta do corpo humano a uma alteração emocional vivenciada pelo indivíduo. Isso se dá, pois a pele é um órgão muito responsivo à expressividade e aos estímulos emocionais, como estresse, traumas de infância, angústia e solidão. Segundo a NMG, o vitiligo corresponde a um conflito de separação, oriundo de um evento estressor percebido de forma cruel ou brutal pelo indivíduo, como a perda de um ente querido ou a vivência de um abuso físico. O surgimento de máculas brancas na pele tem o sentido biológico de o indivíduo se limpar da agressão muitas vezes vista como sujeira, gerada pelo conflito desencadeante. O portador passa a enfrentar estigmas sociais e emocionais relacionados à sua aparência física que influenciam sua qualidade de vida. Os estudos apontam que o próprio diagnóstico de vitiligo é considerado um evento estressor, por se tratar de uma dermatose incurável que afeta a estética corporal, prejudicando as experiências psicossociais do indivíduo. Esse estigma pode levar ao afastamento/separação das pessoas, caracterizando mais um fator para a exacerbação do vitiligo. Observou-se também relação entre o vitiligo e o desenvolvimento de distúrbios emocionais, alterações de autoestima e transtornos depressivos, advindos de sentimentos de vergonha, não aceitação e medo da rejeição social. Conclusão: A revisão de literatura aponta que há uma correlação entre o vitiligo e alterações emocionais. Essa relação é observada tanto antes do aparecimento da doença, quando fatores de estresse são o estopim para o desencadeamento, quanto após o diagnóstico, em que aprender a lidar com a doença e como a sociedade a enxerga é um desafio. Assim, os profissionais de saúde precisam ter um olhar amplo quanto ao abalo que a doença pode causar na vida do portador, de forma a oferecer um cuidado que atenda às suas necessidades humanas básicas. |