“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16325

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Catherine Marques Barros
Orientador MARILANE DE OLIVEIRA FANI AMARO
Outros membros ANDREIA GUERRA SIMAN, CAMILO AMARO DE CARVALHO, Isadora Thâmisa de Carvalho Fernandes Assis, Luciane Ribeiro de Faria
Título Cultura de segurança do paciente em um centro cirúrgico: ótica da equipe de enfermagem
Resumo INTRODUÇÃO: Todo cuidado é passível de erro, entende-se por segurança do paciente (SP) a redução, a um mínimo aceitável, do risco de danos desnecessários associados a assistência em saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente são realizadas 330 milhões de cirurgias no mundo, com registro de 7 milhões de Eventos Adversos (EA) e 1 milhão de pacientes evoluindo para óbito. No Brasil, alguns estudos, obtiveram uma incidência de 3,5% - 21,8% de EA cirúrgicos. Portanto, a ocorrência de incidentes caracteriza um grave problema de saúde pública, no qual o Centro Cirúrgico (CC) representa um ambiente de grande desafio para um cuidado seguro devido as ações de alta complexidade realizadas no setor. OBJETIVOS: analisar a cultura de segurança do paciente (CSP) sob a ótica da equipe de enfermagem em centro cirúrgico de um hospital de ensino. METODOLOGIA: Estudo quantitativo do tipo transversal realizado com 3 enfermeiras e 8 técnicas de enfermagem de um CC. A coleta de dados foi feita por meio da aplicação do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), realizada de forma remota pela plataforma “Google Forms”, durante o mês de julho de 2021. Para análise dos dados cumpriu-se as recomendações da Agency for Healthcare Research and Quality, que considera “áreas fortes da segurança do paciente” as assertivas cujo escore foram superiores a 75% e “áreas frágeis da segurança do paciente” aquelas com escores inferiores a 50%. RESULTADOS: Os resultados evidenciaram que a CSP nesse setor foi caracterizada como frágil, tendo uma média geral de percentual positivo de 57,2%. Somente 3 dimensões foram consideradas áreas fortes para a SP: “Aprendizagem organizacional/melhoria continuada” (86%), “Feedback e comunicação sobre erros” (78%) e “Expectativas e ações da direção/supervisão da unidade/serviço que favorecem a segurança” (77,8%). A dimensão de maior escore está relacionada a valorização da aquisição de conhecimentos e avaliação dos erros gerando transformações positivas. As dimensões restantes foram classificadas como áreas frágeis ou com potencial de melhora, com destaque para a dimensão “Apoio da gestão hospitalar para segurança do paciente” que obteve o menor escore (28%). No que tange a “Frequência de eventos notificados”, nos últimos 12 meses apenas 36,4% dos profissionais realizaram alguma notificação (3 enfermeiros e 1 técnico). CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram a necessidade de elaborar estratégias para o fortalecimento da CSP, pois essa ainda não está instituída dentro do campo pesquisado. Ademais, o estudo apontou a fragilidade de notificação EA, ressaltando a importância de difundir a CSP e envolver toda a equipe de enfermagem nessa atividade. Espera-se que os resultados encontrados possam auxiliar a gestão atuar de forma mais participativa e eficaz na SP, a fim de garantir uma assistência qualificada e segura, com a consequente redução de incidentes relacionados aos cuidados em saúde.
Palavras-chave Segurança do Paciente, Enfermagem, Centro Cirúrgico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.