“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16324

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marcelo Coutinho Picanço Filho
Orientador Poliana Silvestre Pereira
Outros membros Emilio de Souza Pimentel, Juliana Magalhães Soares, MARCELO COUTINHO PICANCO, Renato de Almeida Sarmento
Título Intensidade de ataque de espécies de Lepidoptera em cultivos de soja na região do cerrado brasileiro
Resumo A identificação das espécies das pragas e a determinação de suas intensidades de ataque aos cultivos, contribui para a realização correta da amostragem e o controle eficiente destes organismos. A soja (Glycine max) é a leguminosa mais produzida no planeta, e atualmente o nosso país é o maior produtor mundial desta cultura. A principal região produtora de soja do Brasil está localizada no bioma cerrado (52% da produção). As lagartas (Lepidoptera) estão entre as principais pragas que causam prejuízos aos cultivos de soja em todo mundo. As lagartas podem causar perdas de até 90% na produtividade da soja. Esses insetos causam danos na parte aérea das plantas, devido principalmente à desfolha, e atacam flores e vagens. Nos últimos anos têm ocorrido grandes mudanças nos cultivos de soja com a introdução de novos cultivares, práticas culturais, regiões e épocas de plantio. Essas mudanças podem afetar a composição e a densidade das pragas nesses cultivos. Assim, esse trabalho teve por objetivo identificar as espécies e determinar a intensidade de ataque dos Lepidoptera em cultivos de soja na região do cerrado brasileiro. Para isso, foram avaliadas lavouras comerciais de soja na região do cerrado nos municípios de Formoso do Araguaia e Gurupi, no estado do Tocantins. As cultivares usadas nas lavouras eram Bt RR com uma população de 222222 plantas por hectare. As espécies de Lepidoptera observadas foram coletadas e armazenadas em recipientes de 100 mL contendo solução etanólica à 90%. A identificação das espécies de Lepidoptera foi realizada usando chaves taxonômicas. As densidades das lagartas foram avaliadas, em 200 plantas por lavoura, usando a técnica de batida das plantas em bandeja plástica branca. As espécies de Lepidoptera observadas atacando as plantas de soja foram Anticarsia gemmatalis (Hübner), Chrysodeixis includens (Walker), Helicoverpa armigera (Hübner), Spodoptera cosmioides (Walker), Spodoptera eridania (Stoll) e Spodoptera frugiperda (J.E Smith). Essas espécies pertencem à família Noctuidae. Nos estágios vegetativo e floração das plantas as espécies de Lepidoptera mais abundantes foi C. includens, seguida por A. gemmatalis. Já quando as plantas possuíam vagens, as espécies de Lepidoptera mais abundantes, nos cultivos de soja, foram S. cosmioides e S. eridania. Portanto, os sistemas de cultivo de soja conduzidos atualmente na região do cerrado favorecem nas suas fases iniciais (até a floração das plantas) o ataque de C. includens, enquanto que nas fases finais (plantas com vagens) favorecem S. cosmioides e S. eridania. Assim, as amostragens e métodos de controle adotados nos cultivos de soja na região do cerrado brasileiro devem ser direcionados para C. includens (na fase inicial) e S. cosmioides e S. eridania (na fase final).
Palavras-chave Chrysodeixis includens, Helicoverpa armigera, Glycine max
Forma de apresentação..... Vídeo
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