“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16323

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Guilherme Pratissoli Pancieri
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Lucas de Paulo Arcanjo, Marcelo Coutinho Picanço Filho, Renato de Almeida Sarmento , Samara Arêas Carvalho
Título Unidade amostral para avaliação da densidade de mosca branca em plantas de soja em fase vegetativa.
Resumo A soja (Glycine max) é a oleaginosa mais plantada e consumida no mundo. Na safra de 2021/2022 aproximadamente 383,59 milhões de toneladas foram produzidas em 132,52 milhões de hectares ao redor do mundo. Apenas no Brasil, 38,502 milhões de hectares foram cultivados com esta leguminosa. A mosca branca (Bemisia tabaci) é uma praga polífaga e devastadora. Ela causa prejuízos econômicos enormes nos cultivos, podendo se alimentar em 36 gêneros de 76 famílias de plantas. B. tabaci está distribuída em todos os continentes do globo e configura-se como uma praga importante nas lavouras de soja. A mosca branca succiona seiva do floema, injeta toxinas e seus excrementos servem de substrato para o crescimento de fumagina. Apenas uma mosca branca por folíolo pode ocasionar perdas de 30 kg/ha. A fim de minimizar essas perdas, programas de manejo integrado de pragas (MIP) devem ser desenvolvidos e efetivados. Tais programas baseiam-se em três pilares: diagnose, tomada de decisão e controle. Para efetuar a tomada de decisão, é necessário um plano de amostragem sólido, robusto e confiável que guie a tomada de decisão de modo a evitar perdas ocasionadas por pragas. A unidade amostral (u.a) é um componente chave de um plano de amostragem, pois ela é o local ideal onde o inseto deve ser monitorado. Então, determinar a u.a é fundamental para a implementação de programas de MIP. Entretanto, a u.a para avaliar adultos de mosca branca em cultivos comerciais de soja no Brasil não foi investigada. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a unidade amostral para avaliar a densidade de mosca branca em plantas de soja em fase vegetativa. Os experimentos foram conduzidos em Formoso do Araguaia e Gurupi, no estado do Tocantins, por dois anos (2017 a 2019) em lavouras comerciais de soja no estádio V4. A variedade utilizada possuía ciclo determinado de 140 dias, implantada com espaçamento de 45 cm entre fileiras e 10 plantas por metro de fileira. Foram selecionadas ao acaso 40 plantas por campo. Em cada planta as folhas do dossel foram enumeradas de cima para baixo e foram avaliadas por meio de contagem direta, quantificando a densidade dos adultos de mosca branca em todo o dossel. Para a seleção da unidade amostral foram adotados os seguintes critérios: frequência de ocorrência da amostra superior à 80%, variância relativa da densidade média dos insetos na amostra inferior a 25% e correlação de Pearson significativa e positiva entre a densidade absoluta de mosca branca na planta e a densidade relativa em cada folha (α= 0,05). As folhas 1, 2 e 5 atenderam a todos os três parâmetros estabelecidos. As maiores densidades de B. tabaci foram encontradas na parte apical da planta porque nesta parte da planta as folhas são jovens e de melhor qualidade nutricional. Deste modo, a 1ª, 2ª ou 5ª folhas apicais são unidades amostrais de mosca branca em soja, podendo ser utilizadas no processo de monitoramento de mosca branca em cultivos de soja em fase vegetativa.
Palavras-chave Bemisia tabaci, Glicyne max, Manejo integrado de Pragas
Forma de apresentação..... Vídeo
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