Resumo |
Parte do nitrogênio presente na cama de aviário é perdida pela volatilização da amônia durante a sua produção, o manejo e a compostagem. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do revolvimento durante a compostagem de camas de aviário sobre o potencial da volatilização NH3 e as características do composto orgânico. Para isso, utilizaram-se cama de aviário de maravalha de um (FC1) e dois (FC2) ciclos de frango de corte e cama de um ano de galinhas poedeiras (PO1). Na compostagem as camas foram mantidas sem ou com um revolvimento de três em três dias. A massa de 150 g das camas foram compostadas em potes de vidro tampados e alimentados com um fluxo de ar gerado por uma bomba. O fluxo de ar foi direcionado para erlenmeyer com solução de H3BO3 para captura da NH3. Os erlenmeyers foram trocados diariamente por 27 d, e a NH3 capturada foi destilada e dosada por titulação. Ao final determinaram-se os teores de nitrogênio (N) em amostras da cama inicial e compostadas. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso com três repetições. As camas frango de corte de um e dois ciclos e a cama de um ano de galinha poedeira tinham teores iniciais de N de 48,6, 35,5 30,9 g/kg, respectivamente. Em média, a cama FC1 perdeu cerca 8 g/kg de N, enquanto as outras duas camas perderam cerca de 4,5 g/kg. As perdas representaram cerca de 16, 13 e 15 % do N inicial das respectivas camas. O revolvimento durante a compostagem aumentou 16 e 33 % nas perdas de NH3 nas camas FC2 e PO1, respectivamente. Para a cama FC1 o revolvimento reduziu a perda de NH3. Na cama FC2, o teor final de N foi, em média, 34 % maior do que o inicial, o que foi, ligeiramente, favorecido pelo revolvimento da cama. Na cama de poedeiras o incremento de N com a compostagem foi menos expressivo. Por outro lado, a cama mais nova (FC1) compostada apresentou menores teores de N. Conclui-se que o revolvimento favorece a perda de NH3 em camas mais usadas, embora a compostagem favoreça a estabilização do N no composto. |