Resumo |
O título de cidade inteligente é dado a espaços urbanos comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável aliado à transformação digital, respeitando os aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais, para a resolução de problemas de forma inclusiva e eficiente. Isto posto, e considerando a carência de indicadores e conceitos que qualificam uma cidade de pequeno e médio porte como inteligente, esta pesquisa objetiva o estudo, a análise e a determinação de conceitos para cidades inteligentes no âmbito dos espaços urbanos pequenos e médios, através do processamento de informações adquiridas por meio de revisão bibliográfica, utilizando como recorte os municípios mineiros. Para o estudo, houve a leitura de pesquisas nacionais acerca de cidades inteligentes, como a obra do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (2020), NIC.br, assim como da Carta Brasileira de Cidades Inteligentes (2020), além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, para a Agenda 2030, em especial, o objetivo 11, “Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”. Sobretudo, este trabalho utilizou dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais-MUNIC, edição 2019, realizadas pelo Instituto de Geografia e Estatística, IBGE. O estudo teve início com a revisão de bibliografia dos trabalhos do NIC.br (2020), com atenção às iniciativas brasileiras para o tema cidades inteligentes, assim como as implicações para medição, adoção e uso de tecnologias da informação e comunicação de uma escala global para local. Além disso, identificou-se os conceitos e objetivos inerentes à Carta Brasileira de Cidades Inteligentes (2020) para análise, tal como do 11º ODS, visto que a iniciativa de cidades inteligentes é uma forma de alcance da meta de cidades e comunidades sustentáveis. Para análise dos dados da MUNIC, referentes ao ano de 2019, utilizou-se como recorte as variáveis relacionadas à “Comunicação e Informática” e “Governança”, ranqueando os dados com as respostas dos 853 municípios do Estado de Minas Gerais. Para a visualização dos resultados da MUNIC 2019, os municípios mineiros foram representados através de cores em um mapa com base na classificação destes. Destarte, como resultado, identificou-se que a classificação e conceituação de uma cidade inteligente não pode ser separada da realidade do município, visto que há demandas e necessidades específicas para cada localidade. Ademais, entende-se a importância da titulação de uma cidade como inteligente considerando não só a existência dos aspectos tecnológicos do desenvolvimento sustentável, como também do efetivo impacto de tais atributos para a realidade do município. Isto posto, conclui-se que, para a definição de indicadores de cidades inteligentes, devem ser recolhidos dados específicos sobre a realidade local, para a correta e eficaz aplicação no planejamento urbano. |