Resumo |
O morango se destaca pela elevada perecibilidade e possibilidade de riscos à saúde humana, caso contaminado com microrganismos patogênicos. Nesse cenário, o gás ozônio tem sido apresentado como alternativa para controle de microrganismos em alimentos, podendo ser aplicado principalmente na forma gasosa ou em meio aquoso. Recentemente, o ozônio em névoa foi proposto como uma nova forma de aplicação. Então, este trabalho teve como objetivo determinar o efeito do gás ozônio em névoa na qualidade pós-colheita de morangos. Para o tratamento do ozônio em névoa, adotaram-se as concentrações de entrada do gás de 0 (ausência do gás ozônio), 5 e 15 mg L-1, por períodos de exposição de 6,0 minutos. Adicionalmente, analisaram-se os morangos não expostos a névoa, com ou sem ozônio (testemunha). Depois dos tratamentos, os morangos foram armazenados por sete dias em ambiente sob refrigeração (5 ºC/53 % de umidade relativa). As análises de qualidade foram realizadas imediatamente depois do tratamento dos morangos e decorridos 2, 4 e 7 dias de armazenamento. Foram determinados o percentual de perda de massa, sólidos solúveis totais, pH, acidez total titulável, diferença de cor, tonalidade de cor e croma. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com três repetições. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade, utilizando-se o software estatístico Sisvar versão 5.6. O ozônio aplicado em névoa implicou em menor perda de massa, quando se comparou com os frutos não tratados. Os sólidos solúveis totais, pH e acidez total titulável não variaram significativamente durante o armazenamento, permanecendo com valores de aproximadamente 9,0 ºBrix; 3,0 e 1,7%, respectivamente. No que se refere à coloração dos morangos, a aplicação do ozônio em névoa em morangos não ocasionou alteração significativa na diferença de cor, na tonalidade de cor e no croma. Conclui-se que a aplicação do ozônio em névoa pode reduzir a perda de massa, sem alterar os demais atributos analisados. |