“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16275

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fernanda Pinheiro Moreira Freitas
Orientador WENDEL BATISTA DA SILVEIRA
Outros membros Eduardo Luís Menezes de Almeida
Título Avaliação da produção de lipídeos por Papiliotrema laurentii ATS I adaptadas a curto-prazo em hidrolisado hemicelulósico de bagaço de cana-de-açúcar
Resumo O esgotamento dos combustíveis fósseis e a demanda por fontes renováveis de energia impulsionam o uso de matérias-primas sustentáveis, como as biomassas lignocelulósicas. O bagaço de cana-de-açúcar, matéria-prima lignocelulósica de baixo custo, pode ser utilizado como substrato para o cultivo de leveduras oleaginosas, as quais são fontes alternativas de lipídios para a produção de biodiesel. Durante o tratamento dessas biomassas, compostos inibidores do crescimento microbiano são liberados, como hidroximetilfurfural, furfural e ácido acético, sendo este último capaz de difundir pela membrana celular, promovendo a acidificação do citosol da célula. A levedura Papiliotrema laurentii ATS I é uma linhagem selecionada por evolução adaptativa que apresenta maior tolerância ao ácido acético do que a linhagem parental. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade da adaptação de curto prazo em hidrolisado hemicelulósico de bagaço de cana-de-açúcar não-detoxificado para produção de lipídeos por P. laurentii ATS I. Para a adaptação, os microrganismos foram previamente ativados em meio SS2 modificado [(m/v): 0,1% extrato de levedura; 0,5% (NH4)2SO4; 0,01% NaCl; 0,01% CaCl2; 0,05% MgSO4] e mantidos a 30 ºC/200 rpm por 16 h. Em seguida, leveduras com densidade óptica à 600 nm (DO600) de 0,1 foram submetidas a duas adaptações consecutivas em meio com hidrolisado [(m/v): 75% hidrolisado; 0,1% extrato de levedura; 100:1 (C:N) (NH4)2SO4; 0,01% NaCl; 0,01% CaCl2; 0,05% MgSO4], mantidas a 30 ºC/200 rpm (1ª adaptação - 240 h; 2ª adaptação – 196 h). Em paralelo, antes e após as adaptações, leveduras foram cultivadas em meios com 100% de hidrolisado (n = 3), nas mesmas condições das adaptações (1º cultivo – 240 h, 2º cultivo – 196 h, 3º cultivo - 149 h). O teor de lipídios foi analisado por método gravimétrico e acompanhado em fluorímetro utilizando o vermelho do Nilo; e o teor de açúcares redutores foi avaliado pelo método do 3,5-ácido dinitrosalicílico (DNS). A adaptação das leveduras foi satisfatória, sendo evidenciada pelos parâmetros cinéticos e fisiológicos [biomassa final (g/L), glicose consumida (g/L), lipídeos % (m/m), teor de lipídeos (g/L) e produtividade volumétrica lipídica (g/Lh)] – (cultivo após primeira adaptação: 4,978 ± 0,262; 23,46 ± 0,023; 17,143 ± 1,5288; 0,8535 ± 0,076; 0,004 ± 0,001, respectivamente; cultivo após segunda adaptação: 4,128 ± 0,135; 20,34 ± 0,052; 17,395 ± 1,5539; 0,7181 ± 0,064; 0,005 ± 0,001, respectivamente), os quais foram superiores do que no cultivo sem adaptação (3,443 ± 0,294; 14,61 ± 0,015; 9,194 ± 1,838; 0,3166 ± 0,063; 0,001 ± 0,001, respectivamente). Portanto, conclui-se que a adaptação a curto prazo é uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho de crescimento e produção de lipídios de P. laurentii ATS I cultivada em hidrolisado hemicelulósico de bagaço de cana-de-açúcar.
Palavras-chave levedura oleaginosa, inibidores, biomassa lignocelulósica
Forma de apresentação..... Painel
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